segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Relatório de atividades da diretoria Sócio-Cultural Cívica 29/09/2008 | 11:30

Belo Horizonte, 23 de setembro EXMO SR. DR. JOÃO BAPTISTA ARDIZONI DOS REISPRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO CLUBE ATLÉTICO MINEIRO Relatório de atividades da diretoria Sócio-Cultural CívicaQuando ainda era presidente da Comissão de Administração e Planejamento do Conselho Deliberativo do Clube Atlético Mineiro, sugeri alguns projetos que posteriormente foram por mim conduzidos dentro do Clube. Comecei a implantá-los ainda em 2006 e posteriormente fui nomeado Diretor Sócio Cultural Cívico (2007) para cuidar dos projetos por mim apresentados. Segue relato destas atividades, com resultados e planejamento.Programa Torcedor ColaboradorQuando ainda presidente da Comissão de Administração e Planejamento apresentei um projeto para a captação de recursos junto a torcedores através de doações mensais feitas na conta de energia elétrica da CEMIG. Tomei conhecimento deste serviço da CEMIG quando ajudava a uma entidade ligada a arquidiocese de Belo Horizonte, por que firmamos convênio para doações. Foi então o projeto aprovado por unanimidade dentro da Comissão. Sendo assim, fomos à CEMIG para acertos legais. A empresa só faz este tipo de convênio com entidades filantrópicas em dia com suas obrigações legais, tais como certidões, registros e documentos. Foi então que coloquei à disposição o nome do Movimento Educart Educação e Esporte Sempre Juntos, entidade fundada em 1999 por um grupo de desportistas e educadores, dentro do Minas Tênis Clube (MTC), com a participação dos então presidentes do Atlético, América, Cruzeiro e MTC, além do então presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Mário da Silva Veloso. O Educart é presidido pelo Médico Ataualpa Pereira dos Reis e desenvolve trabalhos junto às crianças, adolescentes e jovens desde sua fundação, desenvolvendo a educação através do esporte.Foi então assinado convênio entre Atlético e Educart e posteriormente entre Educart e CEMIG. Pelos convênios o Educart receberia as doações e repassaria ao Atlético. O Galo receberia 92% do valor total líquido arrecadado, 5% seria destinado ao Servas e 3% ficaria para o Educart aplicar em suas ações definidas em estatuto. A CEMIG não estava aceitando que o Educart recebesse os recursos e repassasse ao Atlético, quando houve então a intervenção expressa do Governador liberando o convênio. O Galo então iniciou o planejamento para o lançamento do Programa Torcedor Colaborador, aproveitando a onda do “VAMOS SUBIR GALO”, uma vez que o time estava bem, contando com o apoio incondicional da torcida. Acontece que a CEMIG não foi ágil suficiente para colocar o Programa em funcionamento na data que gostaríamos, que seria final de setembro, onde esperávamos cerca de 40 mil adesões. Acabou sendo lançado em meados de dezembro de 2006, quando já havia acabado a Série B e época de altos gastos com as festas de final de ano.Enviamos um boleto bancário com todas as instruções e propaganda do Programa Torcedor Colaborador dentro da conta de energia elétrica da CEMIG para todas as residências clientes da empresa no Estado de Minas Gerais Segue em anexo cópia do boleto enviado. A CEMIG já tem assinado convênio com os CORREIOS onde envia todo mês as suas faturas aos clientes. Por este convênio a CEMIG paga um valor fixo para correspondências que não superem os 20 gramas de peso. Com o envio conjunto da nossa boleta com as contas os CORREIOS entendiam que passaria do peso permitido, tendo então que fazer uma cobrança extra. Acontece que o peso de 20 gramas não foi atingido, e por este motivo a cobrança foi indevida. Pagamos aos correios mensalmente parcelas do envio. Recentemente os CORREIOS, através do Ministro da Comunicação Hélio Costa admitiu a cobrança indevida, após intervenção do nosso conselheiro, Dep. Virgílio Guimarães, e se propôs a ressarcir o Clube através de atividades de patrocínio. Como os CORREIOS enfrentam um problema judicial para a definição de sua agência de publicidade, não estava sendo possível fazer esta composição. Porém, em recente conversa o ex-presidente Ziza Valadares conseguiu acertar com o Dr. Fernando Miranda, diretor regional dos CORREIOS o repasse destes recursos sem precisar de agência de publicidade. Esta ação teve a anuência do diretor dos CORREIOS Dr. Pedro Magalhães. Esta ação está em fase final e precisa ser concluída.Foi feita ainda propaganda na Rede Globo, através de crédito publicitário. Quando se assina o contrato para a cessão dos direitos de transmissão o Clube adquire créditos que só podem ser usados em propagandas na própria rede de TV. Não pode ser transformado em dinheiro. Caso não faça uso em um período de tempo determinado, perde o crédito. Aqueles torcedores que quisessem participar do projeto teriam que pagar o boleto indicando o valor desejado e assim passaria a ter mensalmente a cobrança em sua conta de energia elétrica.A resposta do torcedor foi imediata. Tivemos 17.193 adesões. Alguns torcedores que aderiram ao Programa não puderam participar, pois, a CEMIG não faz cobrança de clientes que não tenham o seu CPF cadastrado no banco de dados da empresa. Foram cerca de 5.000 sem CPF´s. Enviamos então cartas aos que se encontravam nesta situação, além de campanha no site do Atlético, para inserimos estes torcedores no sistema de cobrança mensal. Conseguimos os CPF´s de alguns torcedores.Este serviço não é de interesse da CEMIG, por trazer poucos recursos para ela. Por este motivo, no mês de julho, a empresa enviou comunicado a todas as 155 entidades com as quais mantém convênio informando que cancelaria os acordos. Foi então feito um grande movimento, com a participação de deputados e representantes de todas as entidades para reverter a situação. A CEMIG então resolver honrar os contratos até o final. Apesar de afirmar manter o serviço a CEMIG mudou o seu sistema de cobrança, e para pior. O serviço já era lento, demorando muito para fazer os cancelamentos e as novas adesões. Após a mudança a CEMIG está pedindo três meses para novas adesões e cancelamentos, o que gera inúmeras reclamações. O nosso contrato com a CEMIG tem vencimento em 2011.O Programa proporcionou a arrecadação por parte do Atlético de R$ 1.422.441,62. Hoje são 12.036 Torcedores-Colaboradores ativos. Com os recursos arrecadados até agora foi possível concluir com agilidade as obras de ampliação do hotel da Base, tendo a inauguração da “Ala Torcedor-Colaborador” no dia 23 de outubro de 2007, com o custo de R$227.736,48, na Cidade do Galo e tendo o mobiliário doado pela Associação dos Amigos do Galo. No dia 28 de março deste ano, inauguramos também o Complexo de Treinamento das Categorias de Base, que conta com Centro de Fisioterapia, Departamento Médico, Departamento Odontológico, sala de musculação, refeitório, vestiários, área de convivência e sala de troféus. Essa obra que totalizou R$847.000,00 teve também participação da Engepol, Vitallis e Associação dos Amigos do Galo. Parte da preparação para a recepção da seleção brasileira, como jardinagem, iluminação, reformas no hotel e placas de orientação também tiveram participação da verba disponibilizada pelos torcedores-colaboradores, além de algumas promoções culturais para os atletas das categorias de base. No mês de agosto o Atlético arrecadou R$ 79.098,03, líquidos.Todos os investimentos no Programa estão sendo pagos pelo Atlético e não pelo Torcedor-Colaborador. O Educart, respeitando seu estatuto exige que os recursos arrecadados sejam gastos nas categorias de base do Clube. Quando o programa inteirou um ano enviamos a todos os Torcedores Colaboradores uma carta, prestando contas da aplicação dos recursos e um diploma de Torcedor Colaborador, conforme modelos em anexo.É um programa que gera receita para o Clube e deveria ser revitalizado. Apresentamos um projeto ao ex-presidente Ziza Valadares e estávamos esperando a melhora da situação do time para o lançamento de novas campanhas. Não conseguimos mais recursos através deste projeto devido aos problemas políticos e esportivos enfrentados pelo Atlético. Acredito ser importante a manutenção dos PROJETOS em andamento, para não abalarmos a credibilidade e ainda conseguirmos criar uma fidelidade. Os homens passam, mas o Galo fica. As coisas boas em andamento precisam continuar. Lei de Incentivo ao EsporteAinda como presidente da Comissão de Administração e Planejamento sugeri que o Atlético utilizasse recursos arrecadados através de programas de renúncia fiscal, pelo Fundo para a Infância e Adolescência – FIA. Para tanto o Clube precisaria firmar convênio com alguma entidade de assistência às crianças, adolescentes e jovens. A proposta foi aprovada por unanimidade. Acontece que em 2007 foi regulamentada a Lei de Incentivo ao Esporte, pelo Ministério do Esporte. Por esta lei o próprio Atlético poderia apresentar projetos. Foi o que fizemos, sob a minha coordenação inicial. A Lei de Incentivo ao Esporte (11.438), sancionada em dezembro de 2006, e regulamentada pelo decreto (6.180) em outubro de 2007, permite que patrocínios e doações para a realização de projetos desportivos e paradesportivos sejam descontados do Imposto de Renda devido por pessoas físicas e jurídicas. De acordo com o Decreto, pessoas físicas podem descontar até 6% do Imposto de Renda devido, e pessoas jurídicas, até 1%. Apenas Atlético e São Paulo (dos clubes de futebol profissional do Brasil) conseguiram aprovar e captar projetos no ano passado.Apresentamos dois projetos em Brasília, o “Educação se Faz Também com Esporte” e o “Núcleos de Formação Esportiva”, totalizando R$ 5.067.936,72. O primeiro foi para a criação de 12 escolinhas de futebol em campos de clubes de futebol amador da capital, e para sua execução foram captados R$ 1.204.256,50 junto a FIAT, que utiliza este projeto como o seu principal em atividades de responsabilidade social. Foi fornecido todo o material esportivo, professores, estagiários, psicólogas, assistentes sociais e ainda pagamos aluguel para os clubes. No total são atendidas 2070 crianças, adolescentes e jovens em risco pessoal e social, que estejam obrigatoriamente estudando e freqüentando escolas públicas. O corpo profissional do Projeto, pago 100% com recursos federais é composto por:1. 12 (doze) professores de educação física2. 12 (doze) estagiários de educação física3. 2 (duas) assistentes sociais4. 1 (uma) psicóloga5. 1 (um) coordenador geralO projeto “Educação se Faz Também com Esporte” é o maior projeto esportivo social do futebol brasileiro, o que foi ratificado na visita do Ministro do Esporte Orlando Silva, na Cidade do Galo. Além de ser social este projeto servirá ainda como fonte de novos talentos. Alguns garotos do projeto estão sendo preparados para testes no Atlético em dezembro deste ano. Este projeto foi dado ao Atlético pelo Movimento Educart, que já utilizava esta metodologia há 4 anos, e ainda o faz em suas escolinhas.Apesar de coordenar este projeto e diversos outros, minha diretoria só conta com dois funcionários remunerados, o gerente Antônio José Neves Pinto Filho e o assessor Matheus Bohessef Diniz Silva Gomes. Como diretor e em respeito ao Estatuto do Clube, eu não sou remunerado e nem recebo ajuda de custo, apesar de ficar tempo integral no Atlético. Cabe lembrar que os funcionários do projeto “Educação se Faz Também com Esporte” não recebem pelo Atlético e sim por uma conta específica criada pelo Ministério do Esporte. Eles se reúnem uma vez por semana na sala desta diretoria, ou extraordinariamente quando necessitam, para acertar as atividades e prestar contas.O segundo projeto arrecadou R$ 3.863.680.22 para o custeio das atividades das categorias de base. Além de suprir os gastos que já existiam, foram feitas mudanças Os patrocinadores deste projeto foram o Banco BMG e a CEMIG. Portanto, trouxemos para o Atlético um projeto que rendeu R$ R$ 5.067.936,72 a fundo perdido.Para o ano de 2009 estamos com três projetos prontos que seriam levados a Brasília, somando quase R$ 10 milhões. Seria a reedição dos dois já existentes, porém em maior escala e ainda um terceiro para a construção de três novos campos na cidade do Galo, sendo um de grama sintética. Para a apresentação destes projetos, além da assinatura do representante legal, precisaremos de certidões negativas de débito municipal, estadual e federal, tal como conseguidas no ano passado.A prestação de contas e o processo de compras e licitações dos projetos estão a cargo da Gerência de Projetos, coordenada pelo Marcos Moura Teixeira, devido à complexidade e necessidade de mais funcionários à disposição.Lembramos que estes projetos proporcionam custo ZERO para o Clube e possibilita a realocação dos valores antes gastos com a base para outros setores como o futebol. Projeto Galo CardEsta diretoria ficou encarregada do desenvolvimento e condução do Projeto Galo Card. Inicialmente a idéia era criar um cartão de fidelidade para os torcedores, dando benefícios e auferindo lucros para o Clube. Porém surgiu a idéia de um cartão de crédito, onde a administração seria fora do Atlético, por empresa financeira especializada. Aquele que possuísse o cartão teria uma série de vantagens, como a troca de pontos por benefícios ligados ao Galo, tais como viagem com a delegação, jantar com os jogadores, etc (os maiores prêmios seriam a custo baixo para o Clube, mas com grande valor percebido pelo torcedor). A arrecadação do Atlético seria através das anuidades de percentual sobre os valores arrecadados com as operações de compra e juros. O projeto esta em fase final e seria apresentando ao ex-presidente Ziza Valadares, inclusive com a minuta do contrato para análise do nosso departamento jurídico. A minuta será apresentando pelo nosso parceiro no processo, o Banco BMG. A bandeira do cartão seria a Mastercard.Isto posto, afirmo que o momento é de união. O Atlético é viável, mas apenas se nos unirmos em torno de um objetivo em comum, que é fazer o nosso Galo voltar a cantar mais forte por todo o país.José Marcos Soares de SouzaConselheiro EleitoClube Atlético Mineiro

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