Equipe mais coesa (26/09)

Paulo Galvão - Estado de Minas

Sem contar com grandes contratações, o técnico Marcelo Oliveira aposta na manutenção da base do time para tornar o Atlético forte nesta reta final de Campeonato Brasileiro. Por isso, ele procura fazer poucas mudanças no time e já começa a colher frutos da estratégia, pois a equipe se mostra mais coesa que sob o comando de Alexandre Gallo, mesmo que não seja exatamente um primor.
Na partida contra o Figueirense, amanhã, no Mineirão, novamente ele promove poucas mudanças: Juninho ganha a condição de titular de Édson e Leandro Almeida retorna à zaga depois de cumprir suspensão no lugar de Vinícius. Assim, o meio-campo e o ataque serão os mesmos da vitória sobre o Náutico, o que, a princípio, é muito bom para uma equipe que precisa de mais um triunfo para se afastar ainda mais da ameaça de rebaixamento.
De qualquer forma, Marcelo Oliveira sabe que ajustes precisam ser feitos. Um deles é no posicionamento dos volantes. Pelo esquema do treinador atleticano, Rafael Miranda fica mais fixo, enquanto Márcio Araújo e Serginho têm liberdade para avançar e armar as jogadas. O problema é que, às vezes, eles estão fazendo isso ao mesmo tempo, deixando Rafael Miranda e, por conseqüência, os zagueiros sobrecarregados. Isso pode ajudar a explicar, por exemplo, as quatro derrotas que o time sofreu com os três como titulares – desde que Marcelo Oliveira assumiu, eles também atuaram juntos em quatro vitórias e dois empates.
Os atletas garantem ter entendido a orientação. “Estamos procurando nos entrosar cada vez mais para ajudar o Atlético. Com a repetição da equipe, a gente tem mais tranqüilidade para se movimentar, pois sabe que vai ter os outros dois para fazer a cobertura. Mas nunca nos acomodamos, sabemos que podemos melhorar”, declarou Serginho.
Além de se preocupar com a marcação, o jogador já conseguiu efetuar boas jogadas na armação. Diante do Atlético-PR, pela 22ª rodada do Brasileiro, por exemplo, ele foi à frente e até abriu o caminho para goleada por 4 a 0, com um belo gol, no qual não tomou conhecimento dos marcadores.
Nos últimos jogos, porém, ele tem sentido dificuldades de chegar ao ataque. “Os adversários já conhecem essa característica minha e estão marcando mais forte. Resta a mim procurar sair dessa marcação para continuar ajudando a equipe”, disse.
CAMPEÃO
Ontem, o Atlético deu prosseguimento às homenagens a atletas que se destacaram no clube entregando diploma e medalha do centenário ao lateral-esquerdo Dedê. O jogador, atualmente no Borussia Dortmund-ALE, foi campeão da Copa Conmebol em 1997.