Melhor fazer novas contas (28/09)

Eugênio Moreira - Estado de Minas

Há cerca de 15 dias, o plano do Atlético era conquistar nove pontos em três rodadas do Brasileiro. Com o 0 a 0 de ontem à noite com o Figueirense, no Mineirão, a soma ficou só em quatro. Antes, o time perdera do Ipatinga por 3 a 2 no Ipatingão e vencera o Náutico por 2 a 1 em casa. A preocupação agora é a seqüência dos jogos: Palmeiras, no Parque Antártica; Flamengo, no Maracanã; e o clássico com o Cruzeiro. O Galo permanece em 12º lugar, mas pode ter seguidores mais próximos nos jogos de hoje.
O alvinegro mineiro dominou, mas criou poucas oportunidades de marcar, desperdiçando todas. O time catarinense, com a pior defesa da competição, soube segurar o adversário e saiu satisfeito com o empate, embora possa fechar esta 27ª rodada na zona de rebaixamento.
O Galo mandou no jogo sempre. Com bom entendimento entre César Prates e Marques pela esquerda, chegava facilmente à área adversária, mas era deficiente nas finalizações. O Figueirense se resguardava, aguardando o melhor momento para se arriscar no ataque. Também chegou algumas vezes, mas sem muito perigo para o goleiro Juninho.
Apesar do domínio, o Atlético não chegava a pressionar e o tempo foi passando com o placar em branco. Na melhor chance no primeiro tempo, aos 29min, Marques dominou livre, pelo lado direito, ficou frente a frente com o goleiro Wilson, mas não finalizou e cruzou mal. A bola passou pela área catarinense.
Aos 44min, o Figueirense quase abriu o placar. Alex Cazumba bateu escanteio da direita, o zagueiro Gomes dominou livre na área, mas não conseguiu chutar. Com 0 a 0, os jogadores atleticanos deixaram o campo sob vaias. No intervalo, a Charanga do Galo, que faz amanhã 40 anos, foi homenageada no gramado, tocando, entre outras músicas, o hino do clube, para animar o torcedor.
NERVOSISMO
O segundo tempo começou sem o Atlético chegar à área com boa chance de marcar. Os catarinenses aproveitaram o nervosismo do outro lado para arriscar mais contra-ataques. Aos 10min, Diogo tentou encobrir Juninho, que salvou. Marcelo Oliveira fez duas substituições, tentando em vão dar mais qualidade ao time, com Petkovic e Castillo. O Galo até que lutava, mas sem muito capricho. O adversário mostrava muita disposição para segurar o empate e tentar o gol em lances esporádicos. Aos 26min, Renan Oliveira recebeu na direita e quase marcou por cobertura. Castillo não alcançou a bola.
No restante do jogo, a situação só piorou. O time da casa se apavorou e facilitou o trabalho da defesa. No fim, o torcedor novamente saiu chateado, vaiando a equipe e gritando “queremos jogador”.