
Alexandre Gallo não resistiu aos maus resultados e acabou sendo demitido
Em entrevista coletiva, ex-treinador diz que ‘a idéia era de continuidade’
Após comandar a equipe em mais um vexame no Campeonato Brasileiro, desta vez para o Vasco, por 6 a 1, em São Januário, o ex-técnico do Atlético, Alexandre Gallo, concedeu uma entrevista coletiva no final da manhã desta sexta-feira, assim que chegou do Rio de Janeiro.
Demitido após o duelo contra a equipe de Antônio Lopes, o ex-treinador analisou seu trabalho à frente do time alvinegro e disse que, por ele, continuaria no comando do Atlético, por acreditar no grupo, que colocou como um dos 10 melhores do Campeonato Brasileiro.
Confira os principais trechos da entrevista de Alexandre Gallo:
AVALIAÇÃO DO TRABALHO
“Primeiro nós temos que fazer uma avaliação geral de tudo que está acontecendo no Atlético, dos problemas que estamos tendo de uma reformulação de quase 40% do plantel, e lembrar também que fizemos bons jogos em cima disso aí. Não é fácil ter uma regularidade quando você troca muitos jogadores. Praticamente tiramos 13 jogadores e trouxemos nove ou 10, se não me engano. Então, isso demanda um pouquinho de tempo. Mesmo assim acho que intercalamos bons momentos dentro de casas com momentos ruins fora. Acho que é absolutamente normal, pelo tempo de trabalho, pela reformulação e pelo que está acontecendo dentro do Atlético”
SITUAÇÃO POLÍTICA DO CLUBE
“Não digo que isso teria afetado. Acho que o meu problema é dentro das quatro linhas. Respeito muito o Atlético, a sua torcida, o presidente Ziza, que é um cara das melhores intenções, pelo que eu percebi aqui, mas o problema é técnico e de continuidade, porque quando você muda muito o plantel dessa maneira, dentro de uma competição difícil como o Brasileiro, dificilmente você consegue fazer jogos como os que fizemos contra o Atlético-PR lá, contra o Palmeiras e o Flamengo aqui e as quatro vitórias jogando bem que tivemos aqui no Mineirão”
OSCILAÇÃO DA EQUIPE
“Você oscila em função de ter um plantel como ontem, por exemplo. Nós jogamos com seis jogadores que estão no time há pouco tempo: o Edson, os dois laterais, o Serginho, o Gedeon e o Jael. Isso é 60 % de uma nova equipe e isso demanda um pouco de tempo. Não existe mágico no futebol. Ele exige continuidade e entendo que esses foram os problemas principais que tivemos, dentro de uma oscilação normal”
RISCO DE REBAIXAMENTO
“Não. Acho que o Atlético tem condições de estar entre os 10 primeiros”
QUALIDADE DO ELENCO
“Estamos tentando qualificar o elenco. Dispensamos 13 jogadores, trouxemos 10, já com planejamento de médio prazo, pois não adianta todo ano ou todo semestre trazer 10 e dispensar 10. A idéia era ter uma continuidade com esses jogadores, com prazo de contrato um pouco maior, para uma seqüência de trabalho. Mas entendo as condições, a direção do Atlético, o momento. Sei que não é fácil. Respeito muito a idéia deles e tentei fazer o meu melhor, o possível. Dentro do possível e das dificuldades, acho que tivemos boas apresentações”
EXISTÊNCIA DE UM COMPLÔ
“De maneira alguma. Talvez esse tenha sido um dos grupos com que mais me identifiquei. O relacionamento era ótimo. Era ótimo ontem, na véspera do jogo, quando interagíamos, conversávamos muito na preleção e no ônibus. Não deu para entender o que aconteceu, uma apatia geral. Infelizmente aconteceu. Sinto muito por tudo isso. Gostaria muito que as coisas andassem de uma outra maneira, pois tenho um carinho muito grande pelo Atlético. Gostaria de uma continuidade, mas, enfim, é o futebol. Fui comunicado após o jogo e a vida segue”
RACHA NO GRUPO
“É o melhor clima possível, como sempre foi desde que cheguei, de um entendimento muito grande, de um querer muito grande. Eles estão sofrendo com tudo isso que está acontecendo, esse momento de desconforto, e estão trabalhando bastante”
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