Rodrigo Fonseca - Portal Uai
Mais uma vez, a arbitragem mineira é alvo de Vanderlei Luxemburgo. Desta vez, o treinador do Atlético ficou revoltado com a postura do árbitro Emerson de Almeida Ferreira, escalado para o jogo desta quarta-feira contra o América de Teófilo Otoni, pelo Estadual.
Duas situações tiraram Luxemburgo do sério: a indecisão do árbitro quanto à continuidade ou não da partida, já que o gramado do estádio Nassri Mattar ficou alagado por causa da forte chuva; e o critério disciplinar durante o jogo.
Emerson de Almeida Ferreira, na volta para o segundo tempo, reiniciou a partida mesmo com o gramado alagado. Nove minutos depois, o árbitro paralisou o jogo, após consultar os capitães das equipes. Aguardou 20 minutos e recomeçou a partida, sem melhora no campo. Minutos depois, suspendeu o jogo.
“No intervalo do jogo, o árbitro tinha que chegar nos vestiários e falar que ia deixar passar 20 minutos, porque o jogo não tinha condição de continuar. Ele que tem que analisar, ele está aqui para isso. O delegado está aqui para reunir e ver que não tem a mínima condição de ter jogo. Quando estava terminando o primeiro tempo, já tínhamos visto isso”, disse Luxemburgo.
Segundo o técnico, Emerson de Almeida Ferreira só suspendeu a partida após um telefonema do presidente da Federação Mineira de Futebol, Paulo Schettino. “O que mais me assusta, e não tenho problema de falar, porque não ofendo ninguém, é que a ordem de terminar o jogo não foi do árbitro, que deveria, no intervalo, ter terminado. Houve um telefonema do presidente da Federação para parar o jogo. Como que o presidente da Federação, sem pegar um pinguinho de chuva na cabeça, deve estar em casa vendo jogo, manda parar de lá pra cá? Quem tem que parar é o delegado, o juiz”, disse.
Antes da suspensão da partida, o atacante Diego Tardelli reclamou uma fisgada na coxa esquerda: “A lesão do Tardelli poderia acontecer em qualquer circunstância, porque o jogador está exposto a lesão. Só que, com tanta experiência que a gente tem, o ritmo do jogo mudou, a bola começou a parar e o jogador arranca e para, arranca e para. Além disso, os jogadores ficaram aqui fora muito tempo e esfriaram. Todos ficaram mais expostos à lesão”.
Banalização do cartão
O aspecto disciplinar também foi questionado por Vanderlei Luxemburgo, que não concordou com a expulsão do lateral Leandro no final do primeiro tempo, após receber o segundo cartão amarelo. O treinador criticou o presidente da comissão de arbitragem Jurandy Gama Filho.
“É o grande responsável pela arbitragem em Minas, e que não é do ramo. Está aí forçando os árbitros a criarem uma cultura de banalização do cartão amarelo. Os árbitros acham que vão conduzir o jogo através do cartão. Falta pertence ao jogo. Falta violenta é que não pertence”, disse. “Eu tive três jogadores expulsos até agora, mas nenhum deles deu porrada em ninguém. O cara do América-TO, malandro, em campo molhado, simula uma jogada mais violente, me parece que nem foi falta”, acrescentou.
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