Mudança para voltar a vencer (20/03)

Paulo Galvão - Estado de Minas

Preocupado com continuação da partida com o América-TO, treinador alvinegro promove alterações na equipe e poupa alguns jogadores no confronto de amanhã, em Nova Lima

A derrota para a Chapecoense, no jogo de ida da segunda fase da Copa do Brasil, já ficou para trás e a ordem no Atlético é se concentrar apenas no Campeonato Mineiro, pelo qual enfrenta o Villa Nova, amanhã, às 17h, no Alçapão do Bonfim. A intenção é buscar a reabilitação, mesmo que, para isso, a equipe entre bastante modificada, seja pelas contusões, seja pelo técnico Vanderlei Luxemburgo já estar pensando na sequência da competição. A principal preocupação do treinador é com o restante do jogo com o América-TO, quarta-feira. Válida pela quinta rodada, a partida foi interrompida aos 20min do segundo tempo em virtude de a chuva ter alagado o gramado do Estádio Nassri Mattar, em Teófilo Otoni, quando o alvinegro empatava por 2 a 2, já havia tido o lateral-esquerdo Leandro expulso e feito duas substituições. O risco é perder mais atletas para este compromisso, no qual terá de atuar até o fim com 10. “Temos de pensar na quarta-feira, quando só poderei fazer uma mudança. O Júnior, por exemplo, não jogará contra o Villa Nova’, afirmou Luxemburgo, confirmando a escalação de Leandro. O mesmo raciocínio vale para a direita, na qual Coelho deve ser poupado, dando lugar a Carlos Alberto. Na zaga, porém, o treinador tem uma dúvida. Como Jairo Campos não pode enfrentar o América-TO por estar suspenso, ele poderia escalá-lo amanhã. Porém, existe a possibilidade de formar o setor com Cáceres e Werley, que estarão em campo na quarta-feira, para dar-lhes melhor entrosamento. No meio, Zé Luís será mantido, mas Fabiano, um dos que entrou em Teófilo Otoni, poderá ser poupado. Evandro e Renan Oliveira devem completar o meio-campo. No ataque, Muriqui, substituído no Vale do Mucuri, e Obina serão os titulares contra o Leão. Além dos jogadores que ficarão fora por opção do treinador, o Galo não poderá contar com o volante Correa, o armador Ricardinho e o atacante Diego Tardelli. Dos três, Tardelli é o que está mais próximo de voltar e já trabalha para recuperar a parte física. Sua presença nos 25 minutos restantes em Teófilo Otoni é praticamente certa, o que ajuda a minimizar os problemas alvinegros para aquela partida. Qualquer que seja a formação, a intenção é vencer. Afinal, Luxemburgo considerou o resultado contra a Chapecoense normal, mas não quer que ela se repita em Nova Lima. “Perder faz parte e pode ajudar a construir um grande campeão. Não podemos é nos acostumar com a derrota”, afirmou o comandante alvinegro. “Não gosto de perder, mas sei perder. O importante é você aprender, tirar lições desses resultados e crescer a partir daí.” APOIO E MARKETING Ontem, os jogadores do Atlético se reapresentaram e os que atuaram em Chapecó fizeram trabalho regenerativo, enquanto os demais realizaram coletivo com o time júnior. Era esperado que eles utilizassem, pela primeira vez, a nova camisa de treino, cuja cor, rosa, tem causado muita discussão. O único a usar o novo modelo foi Luxemburgo, que fez questão de sair em defesa da escolha da diretoria. “A atual proposta do Atlético é de modernização e isso mostra que é um clube de vanguarda, o uniforme de treino ser rosa não mexe com a masculinidade de ninguém, ao contrário, como tenho sete mulheres em casa, sei que elas gostam quando uso. Outra coisa é que a tradição do clube está preservada, pois as camisas 1 e 2 tiveram as cores mantidas”, argumentou o treinador. Ontem, a imprensa da Bahia anunciou que o goleiro Marcelo, de 26 anos, rescindiu contrato com o Bahia e teria acertado contrato de dois anos com o Atlético. O presidente Alexandre Kalil, porém, negou que ele já esteja contratado.