Paulo Galvão - Estado de Minas
Desde o começo do Campeonato Brasileiro, o técnico Celso Roth faz questão de destacar que o jogo mais importante para o Atlético é o que está por vir. Assim, ele tenta evitar que cresça a pressão sobre os atletas tanto pelos resultados passados quanto pelas partidas seguintes. Porém, não há como pensar no confronto contra o São Paulo, como o que ocorrerá sábado, pela 30ª rodada do Nacional, no Morumbi, sem falar tanto do futuro quanto do passado desse que é um dos maiores duelos do futebol tupiniquim. Se em 1977 as duas equipes decidiram o título, com o tricolor paulista levando a melhor nos pênaltis, agora ambas sonham com a conquista do Brasileiro e, por isso, precisam muito da vitória. Se prevalecer o retrospecto, haverá muito equilíbrio sábado. Até hoje, em 72 jogos, foram 22 vitórias para cada lado, além de 28 empates. A igualdade também está presente nos jogos na capital paulista, onde os clubes se enfrentaram 34 vezes, com 11 triunfos atleticanos e 11 são-paulinos, além de 12 empates. Levando-se em conta apenas os jogos desde que foi adotada a fórmula dos pontos corridos, o equilíbrio se mantém. Em 11 encontros, foram seis empates, duas vitórias do Galo e três dos paulistas. A última vez que o alvinegro venceu o confronto em São Paulo foi em 10 de junho de 2007, quando fez 1 a 0, gol do atacante Paulo Henrique. A equipe era comandada por Zetti. Já no turno do Brasileiro deste ano, o Galo fez 2 a 0, em 16 de julho, no Mineirão, gols de Diego Tardelli e Serginho. Foi uma das melhores apresentações do time não só sob o comando de Celso Roth, mas no ano. Agora, o único pensamento no Atlético é conquistar um novo triunfo. “Trata-se de um jogo envolvendo dois times grandes, que estão entre os quatro primeiros colocados na tabela de classificação e que ainda almejam o título. Então, tem tudo para ser um grande jogo. Tomara que a gente consiga ir bem e seja merecedor da vitória”, argumentou o volante Correa, que garante mobilidade ao meio-campo atleticano, além de ser importante arma nas cobranças de falta. Com boa passagem pelo Palmeiras, ele está acostumado a atuar no Morumbi e sabe bem o que esperar do adversário no sábado: “Eles estão vindo de derrota e certamente vão querer nos pressionar desde o início. Temos de jogar com inteligência, respeitando o São Paulo, mas certos de que temos de nos impor”. Se essa é a receita de um dos responsáveis por levar o Galo à frente, a de quem terá como missão barrar as investidas dos são-paulinos não é muito diferente. Depois de cumprir suspensão automática no clássico contra o Cruzeiro, o zagueiro Jorge Luiz está pronto para voltar, certo de que será importante a velocidade para conquistar a vitória. “É muito difícil penetrar na defesa do São Paulo depois que eles saem na frente. O melhor é buscar uma marcação forte desde o início e explorar os contra-ataques, pois nosso time é rápido”, afirmou o defensor. Sem poder jogar o clássico, ele aproveitou para aprimorar a forma. Enquanto isso, o paraguaio Benítez enfrentou o Cruzeiro e não comprometeu. A definição deve sair no treino de hoje à tarde, na Cidade do Galo. “Nosso grupo é forte. O Benítez não vinha jogando, entrou em uma partida complicada como o clássico e foi muito bem. Por isso é importante todos estarem aptos, pois quem se acomodar achando que tem vaga garantida pode acordar no banco de reservas”, opinou. ARBITRAGEM A partida entre São Paulo e Atlético terá como árbitro o paranaense Héber Roberto Lopes. Gílson Bento Coutinho, também do Paraná, e Claudemir Maffessoni, filiado à Federação Catarinense, serão os assistentes.
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