sábado, 24 de outubro de 2009

Exemplo de regularidade (22/10)

Paulo Galvão - Estado de Minas

Em termos defensivos, o Atlético está bem servido nesta reta final do Campeonato Brasileiro. Afinal, a equipe tem conseguido bom desempenho, sendo uma das menos vazadas, com 40 gols sofridos, mesmo número do Flamengo. Um dos motivos que têm tranquilizado a torcida é o fato de o clube contar com várias opções para o setor. Assim, quando algum dos zagueiros se machuca, quem entra tem conseguido manter a regularidade.
E quando se fala em regularidade um dos melhores exemplos é Werley. O jogador, de 21 anos, conseguiu se firmar na equipe, contando para isso com um futebol simples e eficiente, além de ter sido ajudado pelas circunstâncias, como a transferência de Leandro Almeida para a Ucrânia.
Logo na primeira partida no Brasileiro – o empate por 2 a 2 com o Avaí, em Florianópolis –, ele começou como titular, quando o técnico Celso Roth optou por escalar três zagueiros, tendo atuado ao lado de Leandro Almeida e Welton Felipe. Como não funcionou, acabou substituído e só voltou a atuar 32 dias depois, formando dupla com Welton Felipe na goleada por 4 a 0 sobre o Atlético-PR, em Curitiba.
Desde então, foram 22 partidas, a maioria mostrando eficiência, independentemente de quem foi seu companheiro. Além de Welton Felipe, que segue se recuperando de contusão muscular e deve voltar aos treinos na semana que vem, ele atuou ao lado de Alex Bruno, Benítez e Jorge Luiz, com quem dividiu a responsabilidade em sete dos últimos oito jogos – o ex-vascaíno estreou contra o Santo André, em 6 de setembro, e só ficou de fora do clássico com o Cruzeiro por ter sido expulso diante do Botafogo.
Para Werley, a conquista da vaga e a boa fase são fruto de muito trabalho. “Graças a Deus estou conseguindo ajudar a equipe. Mas sei que tenho muito a fazer ainda”, declarou o defensor, cria das categorias de base alvinegra e que, ano passado, esteve emprestado ao América-RJ, onde ganhou experiência.
Segundo ele, a troca de peças na zaga sem queda de rendimento só mostra que o Atlético tem um grupo forte. Isso poderá ser provado novamente sábado, quando o time recebe o Vitória, às 18h30, no Mineirão, pela 31ª rodada, sem poder contar com três atletas, suspensos pelo terceiro cartão amarelo: Carlos Alberto, volante que tem jogado como lateral-direito, o volante Correa e o atacante Éder Luís.
“Vamos encarar outra partida difícil, contra uma equipe que já nos complicou este ano (eliminou o Galo nas quartas de final da Copa do Brasil, nos pênaltis) e que marcou muito forte no primeiro turno (0 a 0, em Salvador). Mas estamos animados para conquistar o resultado que nos interessa.”
Por outro lado, a força do grupo faz com que os atuais titulares se mantenham ligados, pois um vacilo pode custar a vaga. Um dos trunfos de Werley tem sido justamente não dar espaço aos concorrentes em suspensões. Ele não toma um cartão amarelo desde 19 de julho e, assim, pôde permanecer em ação. “Procuro me antecipar às jogadas, ir sempre na bola, não cometer falta, ser leal. Para isso, é importante estar bem preparado fisicamente, pois você evita chegar atrasado nos lances”, argumentou.
MUDANÇAS ESTUDADAS Ontem, Celso Roth começou a montar a equipe que mandará a campo para pegar o Vitória. Na lateral direita, Coelho é a primeira opção. No meio, ele pode escalar o volante Renan na vaga de Correa, passando Márcio Araújo para o lado direito, atuando quase como armador. Outra opção testada foi Serginho, que se recuperou da contusão no joelho que o afastou por dois meses – o armador Evandro treinou no final, assim como Sheslon substituiu Coelho. Já no ataque, Diego Tardelli, que hoje, às 11h, visita a ala de pediatria do Hospital Odilon Behrens, deve ganhar a companhia de Rentería – Marques também treinou, mas deve ficar no banco de reservas.
A definição deve sair hoje, quando ele comanda treino à tarde na Cidade do Galo. A preparação será encerrada amanhã pela manhã. Até ontem foram vendidos 30.532 ingressos para o jogo de sábado.

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