terça-feira, 6 de outubro de 2009

Nada como um ano depois do outro (06/10)

Paulo Galvão - Estado de Minas

Mesmo se empatar com o Botafogo, quinta-feira, Galo já iguala pontuação total de 2008. Jogadores festejam boa fase, mas sabem que vitória é fundamental para lutar pelo título

A realidade do Atlético realmente é outra em 2009. A equipe, que tem como melhor colocação na era dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro o sétimo lugar de 2003, voltou ao grupo dos quatro que se classificam para a Copa Libertadores’2010 e, com um grupo forte, é séria candidata ao título da competição – está na terceira posição, a seis pontos do líder, Palmeiras, e a apenas um do São Paulo. Mostrando que o time atual é o mais forte dos últimos anos, caso consiga o empate contra o Botafogo, quinta-feira, no Engenhão, o Galo vai igualar a campanha de 2008, quando fez 48 pontos e terminou na 12ª colocação. Isso quando ainda faltam 11 rodadas, ou 33 pontos em disputa, para o fim da competição. Para o volante Márcio Araújo, que está no alvinegro justamente desde 2003, com direito a duas temporadas emprestado a outros times, a boa fase é consequência do bom trabalho de todos, diretoria, comissão técnica e jogadores. “A montagem do grupo este ano foi bem planejada e as apostas deram certo. Quem chegou tem nos ajudado bastante, somaram muito e os resultados acabam vindo”, argumentou o jogador. Entre os que chegaram durante a competição estão o goleiro Carini, o zagueiro Jorge Luiz, o volante Correa, todos titulares, além do armador Ricardinho, o atacante Rentería e o lateral-direito Coelho, que buscam lugar no time, além do zagueiro Benítez, que ainda não estreou. Este ano, com 11 jogos a menos, o Atlético já tem uma vitória a mais que no ano passado. O aproveitamento atual é de 58,02%, enquanto na última temporada foi de 42,11%. “Temos de manter a seriedade, continuar dando o máximo em treinos e jogos. Se fizermos isso, vamos seguir brigando pelo título”, disse Márcio Araújo. Além de destacar a importância da manutenção da rotina, o técnico Celso Roth também concorda com seu comandado quanto ao bom papel feito pelos reforços até o momento. “O Atlético é um time que tem alma e, com esses jogadores que chegaram, ganhou mais qualidade. A característica da equipe mudou para melhor. E não perdemos coisas que tínhamos, como a vibração e a velocidade”, afirmou o treinador. “Se juntarmos durante os jogos o toque e a posse de bola com a velocidade no momento correto, aí vamos para outro patamar.” Mesmo bastante satisfeitos com a campanha da equipe no Brasileiro, os atleticanos sabem que, para brigar pelo título, empate, mesmo fora de casa, não é um bom resultado. Se for contra uma equipe que está brigando para não ser rebaixada, como o Botafogo, pior ainda. Por isso, a intenção é conquistar a terceira vitória seguida na quinta-feira. Nem mesmo as ausências da dupla de ataque titular mudam o pensamento – Diego Tardelli, que já marcou 37 dos 100 gols da equipe na temporada, está servindo à Seleção Brasileira, enquanto Éder Luís, autor de outros 20, está vetado devido a corte na perna esquerda, consequência de entrada do zagueiro Xandão ainda no primeiro tempo do jogo em que o Galo fez 2 a 1 no Barueri, sábado, no Mineirão. “É nesta hora que ter um grupo forte faz a diferença e já provamos que temos. O Alessandro mostrou bom futebol nos jogos da Copa Sul-Americana, por exemplo, e o Rentería tem entrado e ajudado. Tenho certeza de que quem entrar vai dar conta do recado”, disse Márcio Araújo. Além dos citados, Celso Roth tem à disposição para o ataque Pedro Oldoni, Pedro Paulo e o experiente Marques, além do armador Renan Oliveira, que pode ser improvisado na posição.

Nenhum comentário: