Festival de erros
Torcedores botam a boca no trombone e reclamam do tratamento recebido na reinauguração do estádio
Bruno Freitas - Estado de Minas
Publicação:
05/02/2013 10:32
Atualização:
05/02/2013 10:42
VENDA DE INGRESSOS
O início da concorrida venda dos bilhetes a apenas três dias do clássico resultou numa série de desrespeitos ao torcedor: imensas filas nos pontos de venda, atrasos, problemas de acesso e troca dos vouchers disponibilizados para a compra de ingressos pela internet. Cerca de 600 sócios-torcedores do Cruzeiro Sempre ficaram impedidos de ver o jogo depois de a Outplan, empresa contratada pela Minas Arena, comercializar os bilhetes reservados pelo clube aos membros do programa.
Comentário
Dirson Andrade Lima – Falta de respeito ao torcedor. Má organização. A venda de ingressos na internet foi boicotada, uma falta de respeito. Eu, que sou do interior, não consegui ingressos. Esta é a organização para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo?
TRÂNSITO
Orientação leva a engarrafamentos
Comentário
Eugênio Assis – E ainda querem uma Copa do Mundo aqui. Começou no sábado, com o gramando parecendo uma lagoa. No domingo, toda a água dessa lagoa sumiu das torneiras. Bares fechados. Falta de orientação de funcionários. Trânsito uma porcaria e desorganizado. Foi ridículo. Ridículo. Minas Arena amadores.
ESTACIONAMENTO
Portões fechados e preços abusivos
Não bastasse o número de vagas reduzido de 4.500 para 2.640 depois da reforma – capacidade aquém da demanda – quem acatou a recomendação da Secopa e da Minas Arena para chegar mais cedo ao estádio encontrou os portões do estacionamento fechados. A abertura ocorreu apenas às 14h (três horas antes do jogo), deixando os torcedores na fila, sob forte calor, complicando ainda mais o trânsito. Flanelinhas e vizinhos faturaram alto, cobrando até R$ 50 por carro por vagas em terrenos baldios e outros locais.
Comentário
Ronei Ribeiro – Ponto 1: desorganização e congestionamento para entrada do estacionamento, polícia inventou. Ponto 2: banheiros alagados e falta de lixeiras. Ponto 3: bares fechados e falta de água (passamos sede). Por sorte apareceu um saquinho de gelo. Ponto 4: se eu quis ver o jogo, foi todo o tempo de pé. Tudo por não ter os setores separados, fechados.
LUGARES MARCADOS
Desrespeito e pouca orientação
A estreia do sistema de lugares marcados, uma das exigências da Fifa para a realização das copas no estádio, foi desastrosa. Sem o apoio dos cerca de 400 orientadores e 600 seguranças da Minas Arena, a maioria dos torcedores não respeitou os assentos informados nos ingressos. Teve até gente que foi expulso do seu lugar por integrantes de torcida organizada. Muitos dos orientadores pareciam mais perdidos que os próprios torcedores: não sabiam solucionar dúvidas básicas, indicando outro colega para resolver. A atuação dos seguranças também não funcionou com torcedores que insistiram em assistir o jogo de pé, prejudicando a visão dos demais.
Comentário
Rick Oliveira – Cheguei ao lugar marcado no bilhete e uma pessoa já estava lá. Quando reivindiquei o assento, a pessoa disse que era sócio torcedor e que poderia sentar em qualquer lugar. Sem encontrar um segurança, desisti e sentei em outro lugar. Bares fechados, sem lixeira, longas filas nos poucos bares abertos. Muita sujeira de restos de construção.
FALTA DE ÁGUA
Fornecimento deixa torcida na seca
No fim do primeiro tempo já não havia água nos bebedouros e banheiros do estádio, impossibilitando que os torcedores tivessem acesso a uma necessidade básica do ser humano. A Copasa atribuiu o problema à Minas Arena, afirmando que o fornecimento ao estádio foi normal durante o fim de semana. “A administração da água fornecida pela Copasa dentro das instalações internas do estádio é responsabilidade técnica da Minas Arena, como ocorre em qualquer outra unidade que receba água da empresa. Mesmo assim, a Copasa reafirma que está à disposição para dar apoio técnico aos administradores do estádio”, declarou a empresa, através de nota.
Comentário
Anderson Duarte – Na verdade, comentar pontos específico seria uma perda de tempo, é fácil fazer um relato geral. O estádio é lindo, mas estava longe de ter condições de ser inaugurado. Os torcedores foram tratados como animais. Cheguei ao disparate de ter de dividir água da torneira do banheiro com pessoas da arquibancada que estavam com sede, à beira de passar mau.
BARES FECHADOS
Feijão tropeiro ficou só no sonho
A expectativa era saborear o popular feijão tropeiro, mas somente dois dos 40 bares previstos abriu e não deu conta de demanda. A justificativa apresentada pela concessionária foi de que os estabelecimentos não conseguiram documentação da Secretaria da Fazenda para emissão de nota fiscal a tempo. Nas arquibancadas, torcedores reclamavam dos preços abusivos dos produtos oferecidos pelos ambulantes (um refrigerante custava R$ 7). Muita gente que chegou mais cedo acabou passando fome.
Comentário
Max Dias – Minas Arena – São amadores. Só enxergam um modo fácil de ganhar muito em pouco tempo. Sabíamos todos, desde novembro, do evento nesta data. Simplesmente amadores. Estacionamento fechado, bares fechados (que é isso? ), até os bebedouros, onde se poderia, teoricamente, encontrar água, estavam lá, com água quente. Vai faltar espaço pra dizer mais aqui.
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