
Independência, que passa por reforma, será a casa do Atlético a partir de meados deste ano. (Crédito: André Brant)
Cluve deve aumentar o preço de ingressos quanto atuar como mandante neste ano para chegar ao orçamento previsto
Renato Pena
Publicada em 03/01/2011 às 13:51
Belo Horizonte (MG)
A previsão de orçamento do Atlético-MG para 2011, enviada aos conselheiros do clube, é de pouco mais de R$ 100 milhões. Para chegar a esse número, o clube conta, principalmente, com a renda das competições, direitos de TV, patrocínio e venda de jogadores.
Com a venda de ingressos, o Atlético prevê que irá arrecadar R$ 13,8 milhões em 34 partidas como mandante. Para isso, o preço das entradas também estão estipulados e sofrerão reajuste em relação aos valores cobrados na reta final do Campeonato Brasileiro do ano passado.
Se não houver mudança, nas partidas que serão realizadas fora de Belo Horizonte, provavelmente na Arena do Jacaré, o clube vai cobrar R$ 15 pela entrada. Quando voltar a jogar no Independência, o preço do ingresso vai dobrar. O torcedor da capital não precisará mais viajar para ver o time jogar, mas desembolsará R$ 30.
A diretoria do Atlético estipula que o clube jogará 20 partidas no interior de estado. Nestes jogos, a previsão é de casa cheia, ou seja, 18 mil torcedores, e, com isso, um rend mento de R$ 5,4 milhões. Em 2010, a média do Galo na Arena do Jacaré, foi de 12.475 pagantes. Foram 174.648 mil torcedores em 14 jogos.
Nas outras 14 partidas, a diretoria acredita que o Independência estará pronto. A diretoria projeta que o estádio ficará mesmo liberado em meados desse ano. Para se ter uma ideia, em 2010, após o término da Copa do Mundo, com o retorno das competições, o Atlético fez 18 partidas como mandante.
Com a volta para Belo Horizonte, o clube espera arrecadar mais. Além do ingresso mais caro, a capacidade do estádio será um pouco maior e Atlético pretende, nestas 14partidas, receber R$ 8,4 milhões de receita. Para isso, a previsão é um de público de 20 mil pessoas com ingressos a R$ 30.
Esta expectativa de renda do clube é generosa se compararmos com a receita de bilheteria na temporada passada. Em 2010, nos 37 jogos como mandante, o clube arrecadou R$ 8.283.835,70. Mesmo com uma campanha péssima no Brasileiro, o que contribuiu para afastar o torcedor do estádio, vale lembrar que, no primeiro semestre o clube teve o Mineirão à disposição.
Mineirão interditado: prejuízo certo
A falta que o Mineirão faz para o futebol mineiro é absurda. Além de ser a casa do Galo, a questão financeira também pesa muito. Em 2009, somente no Campeonato Brasileiro, o Atlético arrecadou R$ 10.529.123,00.
No ano passado, em 37 jogos, a arrecadação não chegou a R$ 9 milhões. Para se ter uma ideia, nas 17 partidas realizadas no Mineirão, o clube recebeu R$ 6.727.410,45. Nas 20 partidas realizadas fora de Belo Horizonte, o Galo arrecadou somente R$ 1.556.425,25.
Não é difícil saber os motivos de tanta diferença. Na final do Campeonato Mineiro, contra o Ipatinga, a renda foi de R$ 1.209.820,00, com um público de 60.704 pagantes. Na vitória por 3 a 2, sobre o Santos, na quartas de final da Copa do Brasil, o Atlético arrecadou R$ 1.003.460,00.
Quando mudou para Arena do Jacaré, a diretoria tentou manter uma boa arrecadação, colocando o ingresso a R$ 40,00. No entanto, a situação do time na competição já era delicada e a diretoria não conseguiu manter o valor.
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