Meia-atacante começou a temporada em má fase e marcou o segundo gol após volta
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:09/04/2012 09:22
Atualização:09/04/2012 18:52
O mistério de Cuca com relação à formação do time do Atlético no clássico não era proposital. Ele dependia dos médicos para contar com o volante Leandro Donizete e com os armadores Bernard e Escudero, que estavam em tratamento de problemas musculares ao longo da semana. Apenas o prata da casa teve condições de jogo. Por isso, o treinador jogou a responsabilidade nas mãos de Danilinho, justamente o maior alvo de críticas da torcida e que havia sido multado por ter faltado a um treino sem explicações. À primeira vista, não decepcionou os torcedores, apesar do empate frustrante, com gosto de derrota para o Galo.
Apoiado pela massa alvinegra, ele começou desligado, sem aparecer nos principais lances de perigo da equipe, mas gradativamente se entrosou com o trio de frente, formado por Bernard, Guilherme e André. Com seu 1,65m de altura, explorou o bom posicionamento para superar os grandalhões Victorino e Leo e abrir o placar, de cabeça. “Esperamos continuar com essa vontade no segundo tempo”, dizia ele no intervalo. Antes, participou do segundo gol, marcado por André. Sem ângulo, ele cruzou na medida para o ex-santista balançar as redes e afastar o jejum de três partidas sem marcar.
Depois que o jogador faltou ao treino antes do jogo contra o Villa, há duas semanas, Cuca cogitou afastá-lo por um tempo. Mas mudou de ideia após conversar com o presidente Alexandre Kalil e com o diretor de futebol Eduardo Maluf. A punição (multa) fez bem ao atacante, que recuperou a posição de titular, tornou-se um dos principais jogadores da equipe e começa a recuperar seu bom futebol. O treinador já repetiu que pode usá-lo na criação de jogadas ou no ataque, setor em que fez sucesso em 2006, no título da Série B do Brasileiro.
“Infelizmente, perdemos chances que poderiam nos ter dado a vitória. Agora, temos de levantar a cabeça e nos concentrar nos próximos jogos”, ressaltou Danilinho depois do clássico. Ele mesmo poderia ter marcado o terceiro gol, mas preferiu passar ao impedido Neto Berola – a jogada foi corretamente anulada. Cuca chegou a torcer para que ele chutasse a gol, já que o camisa 1 Fábio teria aberto o canto direito.
RECUPERAÇÃO
Principal contratação do Atlético para 2012, Danilinho foi emprestado por US$ 1 milhão. Em má fase no futebol mexicano, ele decidiu voltar ao Brasil para recuperar as boas atuações e ajudar o Galo a tentar ser campeão brasileiro. Mas teve o azar de sofrer pancadas no tornozelo esquerdo na estreia diante do Boa e na vitória sobre o América-TO (2 a 1), no Nassri Mattar, e ficou 15 dias sem jogar. Somente agora ele vem retomando a forma física, apoiado por Cuca. “Trouxemos o Danilinho do México, já que ele saiu daqui como ídolo e resolvia situações. Ele veio para jogar, não para ser apenas mais um. Agora é a hora de ele mostrar seu potencial”.
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