sábado, 21 de abril de 2012

Nos pés dos baixinhos

Os ágeis Bernard e Danilinho, com 1,62m e 1,65m, respectivamente, terão amanhã a responsabilidade de dar velocidade ao alvinegro diante do Tupi. Guilherme está fora
Publicação:21/04/2012 07:00
Os baixinhos nem sempre estão em desvantagem no futebol. Se perdem nas jogadas de escanteios ou faltas, pelo menos compensam em grande estilo no vigor físico e na agilidade com a bola nos pés. No Atlético, os armadores Bernard e Danilinho – com 1,62m e 1,65m de altura, respectivamente – representam a dinâmica e a qualidade no setor ofensivo para se dar bem diante do Tupi amanhã, às 16h, em Juiz de Fora, no primeiro jogo das semifinais do Campeonato Mineiro. Ambos são responsáveis por dar a velocidade e a mobilidade que Cuca tanto insiste para que a equipe possa encarar as dificuldades e se aproxime da vaga na decisão.
Mas os atacantes também devem se preocupar em se movimentar, criando espaços para Marcos Rocha e Richarlyson pelas laterais, e voltando para ajudar no combate. O caminho do sucesso alvinegro passa pela formação ligeira, sem uma referência fixa na área, a fim de confundir a marcação adversária e aproveitar os contra-ataques. Cuca exige que o camisa 9 André tenha um diálogo maior com os volantes, aparecendo a todo instante para receber passes ou lançamentos.
Bernard é a arma pela esquerda. Ele vai para o terceiro jogo consecutivo como titular depois que se recuperou de lesão na panturrilha direita. Marcado de perto pelos adversários, normalmente recebe número excessivo de faltas, algumas duras, justamente por ser veloz. “É uma qualidade minha e não posso temer as possíveis lesões. Lógico que tentamos escapar das faltas mais duras. Tem vez que recebemos e damos o passe de primeira evitando a aproximação do adversário.”
Danilinho, por sua vez, ataca pela direita, fazendo em certas circunstâncias o papel de ala, quando Marcos Rocha fica preso à defesa. O treinador pede paciência aos jogadores de frente quando o adversário formar um paredão. A opção é justamente as laterais ou a bola parada.
VETADO O atacante Guilherme não enfrenta o Tupi. Ele ficou fora do treino tático de ontem à tarde na Cidade do Galo, permanecendo no departamento médico em virtude de estiramento muscular grau 1 na panturrilha esquerda (deixou a atividade de quinta-feira se queixando de dores no local). Ele havia ficado de fora do empate sem gols com o Tupi domingo, na Zona da Mata, devido a um desconforto na coxa direita. Deve desfalcar a equipe também diante do Goiás, quarta-feira, no Serra Dourada, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.
Cuca revezou vários jogadores no lugar do atacante: Escudero, Wesley e até Fillipe Soutto – no caso, o Galo jogaria com três volantes. O time alvinegro não terá os zagueiros Rafael Marques, com edema na coxa esquerda, e Réver, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.
Reafirmar o crescimento
Surpreender o Atlético e chegar à decisão seriam feitos importantes para comprovar o grande trabalho do Tupi, campeão da Série D do Brasileiro. Depois de iniciar o Estadual sob críticas e ser derrotado nas três primeiras rodadas para Caldense e Nacional (1 a 0) e Cruzeiro (3 a 0), o grupo conseguiu se recuperar e agora vive a expectativa de premiar os torcedores com resultado positivo em casa contra o Galo.
A equipe já assegurou o título simbólico de campeã do interior, mas os jogadores têm ambições maiores. “O Atlético tem a vantagem por ter ficado em primeiro e cabe a nós inverter a situação. Então, temos que ser mais agressivos”, afirma o atacante Ademílson.
O técnico Moacir Júnior ainda espera pela recuperação do zagueiro Sílvio e do atacante Allan Taxista. Eles foram poupados dos últimos treinos por causa de dores musculares e serão reavaliados hoje. O armador Michel Cury, recuperado de contusão, deve ficar no banco.
No treino tático de ontem, o treinador deu ênfase às jogadas aéreas. Para o goleiro Rodrigo, a confiança é total em ao menos repetir a atuação do time no empate sem gols, domingo, também em Juiz de Fora.

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