sábado, 21 de abril de 2012

Alexandre Kalil fala sobre manutenção da equipe, estádios e rivalidade 20/04/2012 17h11 - Atualizado em 20/04/2012 17h11


Alexandre Kalil visita obras do Indepêndencia
(Foto: Fernando Martins / Globoesporte.com)

Alexandre Kalil garante que quer manter André e Bernard no Galo (Foto: Fernando Martins/Globoesporte.com)
Dirigente atleticano não mediu palavras para comentar assuntos como Mineirão, Independência, e ‘obrigação’ do Atlético-MG no Campeonato Mineiro
Por GLOBOESPORTE.COM
Belo Horizonte
Em entrevista ao Premiere FC, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, soltou o verbo e, como de praxe, tratou de alguns assuntos polêmicos. A rivalidade com o Cruzeiro, a organização do futebol em Minas Gerais e o uso dos estádios da capital mineira foram alguns dos temas em pauta na conversa.
Perguntado sobre um possível temor por nova derrota na final do Campeonato Mineiro para o rival Cruzeiro, o presidente foi enfático e afirmou que o Atlético-MG tem a obrigação de ser campeão estadual este ano.
- É um time mais maduro e melhor que o rival. Temos de ganhar por causa da estrutura, do time e das contratações. Depois de muitos anos de “Mexericas” e “Sergipanos”, temos um ataque que custou 14 milhões de euros. Temos jogadores de Seleção Brasileira e nossos atletas de base dão ainda mais capacidade à equipe.
Falando sobre a manutenção de jogadores importantes, Kalil confirmou que recebeu proposta de quatro milhões de euros por Bernard, mas recusou a oferta, feita por um time do Catar. Já para manter André, Kalil disse que está se esforçando ao máximo para renovar com o atacante.
- Temos contrato com ele até junho, e faltam cinco milhões de euros para acertarmos. Já temos um investidor, e estamos tentando negociar da melhor forma possível para mantê-lo.
Quando o assunto foi o Mineirão, o dirigente não poupou os responsáveis pelo edital de utilização do estádio.
- O edital do Mineirão é ridículo. Dariam apenas 54 mil ingressos para o time mandante, enquanto a renda gerada pelos serviços internos ficaria com os gestores. No futebol atual, os clubes ganham dinheiro com produtos vendidos no estádio, e não com ingressos. Fizeram um edital que serviria para o Maracanã de 1950, não para um estádio moderno.
Para traçar paralelo, Alexandre Kalil citou os benefícios que o acordo com o Independência trará ao clube alvinegro.
- O Atlético-MG se associou à empresa que venceu a licitação pelo estádio, e 50% dele é nosso. Todos os ganhos comerciais do Independência, em todos os jogos, são do Galo, e a previsão de renda mensal gerada a partir disto está por volta de 400 mil reais.
O polêmico dirigente ainda criticou duramente a logística dos estádios em Minas Gerais após o fechamento do Mineirão.
- O que aconteceu em Minas com o planejamento de estádios foi uma lambança. Atrasos e aumentos nos valores de custo do Independência e a necessidade dos torcedores se locomoverem 70 km de Belo Horizonte até Sete Lagoas demonstram que na verdade o planejamento não houve.
Kalil ainda comentou sobre a divisão do número de torcedores nos clássicos contra o Cruzeiro, onde segundo ele, a torcida visitante deveria ter direito a pelo menos 10% da capacidade em estádios menores.
- Não há possibilidade de dividir igualmente a torcida em um estádio de 25 mil lugares, mas em locais como a Arena do Jacaré, deveríamos ter pelo menos 10% da torcida adversária. Já em grandes espaços como o Mineirão, é possível comportar duas torcidas em igual número.

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