Paulo Galvão - Estado de Minas
Com a vantagem do empate, Galo tenta confirmar presença em mais uma decisão estadual. Já a Pantera, que perdeu o primeiro jogo, luta por vitória simples
Precisando apenas de um empate para chegar a mais uma decisão do Campeonato Mineiro, o Atlético enfrenta o Democrata-GV, hoje, às 18h30, no Mineirão, no jogo de volta das semifinais. Por ter melhor campanha na primeira fase, o time de Governador Valadares, que é o mandante, entrou nesta segunda com o direito de jogar por dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols, mas, derrotado por 2 a 1 na semana passada, em Ipatinga, precisa vencer para disputar o título, o que já seria o maior feito de sua história. A tarefa não parece fácil, pois o Galo, além de atuar diante da massa, mostrou contra o América, nas quartas de final, competência para segurar a vantagem. Tanto no empate por 3 a 3 quanto no por 2 a 2, foi até dominado pelo adversário, mas teve a frieza para alcançar o resultado que necessitava. Nenhum atleticano despreza a situação. O que não significa equipe recuada. “Temos uma boa vantagem, mas usá-la vai ser consequência da partida, de como as coisas vão ocorrer. O certo é que vamos entrar para fazer nosso jogo e buscar a vitória. Se não der, o empate será bom resultado”, analisa o armador Ricardinho, cotado para ser titular, como no primeiro jogo contra a Pantera, há sete dias, quando Júnior foi poupado. Para o atacante Diego Tardelli, o Galo pode se aproveitar bem do fato de que o Democrata terá de buscar o triunfo, abrindo espaços em sua defesa. “Na primeira fase, eles vieram ao Mineirão fechados, tentando explorar os contra-ataques, o que dificultou muito as coisas para nós. Mas, agora, será nossa vez de fazer isso, o que nos favorece. Gostamos de jogar nos contra-ataques”, observa. “Estamos preparados para qualquer tática”, diz, a respeito do rival. O técnico Vanderlei Luxemburgo não tem o volante Fabiano, suspenso devido ao terceiro cartão amarelo. Desfalque importante, pois ele é o vice-artilheiro atleticano na temporada (11 gols). Com três a menos, Diego Tardelli acredita que o Galo saberá superar o desfalque. Ele próprio se mostra disposto a sacrifícios em busca da vaga. “Se a bola não quiser entrar, tenho de procurar ajudar de outro jeito, correndo, marcando, abrindo espaços. Nunca deixo de me apresentar para o jogo, não fujo da responsabilidade e agora não será diferente.” Como o time enfrenta maratona, entrando em campo duas vezes por semana, e os jogadores acusam o desgaste, Luxemburgo nem comandou treinos coletivos depois da vitória por 1 a 0 sobre o Sport, quarta-feira, pela Copa do Brasil. A escalação só será anunciada no Mineirão. Uma dúvida é sobre a presença de Júnior. Logo em seguida ao triunfo sobre o Leão, o treinador havia dito que pretendia poupar o experiente armador. Mas, ontem, já afirmava não ter certeza. “Ele disse estar bem e, às vezes, jogador pede para atuar. Vamos ver.” Uma preocupação que o técnico assegura não ter é o grande número de pendurados com dois amarelos: Zé Luís, Jairo Campos, Muriqui, Leandro, Marques, Jonílson e Correa, todos ameaçados de ficar de fora da primeira partida final, caso o alvinegro confirme a classificação. REFORÇO Por indicação de Luxemburgo, a diretoria contratou o armador Nikão, destaque do Santos, vice-campeão da Copa São Paulo de Juniores. Com apenas 17 anos, ele chega, em princípio, para reforçar o time da categoria. Mineiro de Montes Claros, Maycon Vinícius Ferreira da Cruz, começou no Mirassol-SP e esteve emprestado ao Peixe até 31 de março. Não houve acordo para sua permanência na Vila Belmiro – o clube paulista não teria concordado em pagar R$ 1,2 milhão pelos direitos, pertencentes ao empresário Carlos Roberto Carvalho . “Estamos intensificando investimentos, pois temos de correr atrás de jogadores que se destacam em clubes pequenos, no Norte, Nordeste. Temos de garimpar atletas”, justifica o técnico.
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