Guilherme avisa: 'Quero marcar meu nome na história do Atlético-MG'
Atacante do Galo explica por que recusou uma proposta milionária para retornar ao CSKA Moscou (RUS) e traça planos com a camiseta do clube de Belo Horizonte
Frederico Ribeiro e Thiago Fernandes - 29/10/2012 - 10:10
Belo Horizonte (MG)
Seis milhões de euros e a expectativa de muitos gols. A contratação de Guilherme, em março do ano passado, deu esperança ao torcedor do Atlético-MG. No decorrer da passagem do atacante pelo clube, no entanto, os sonhos tornaram-se decepções. O jogador ainda não conseguiu render o esperado e sofre com as cobranças da torcida.
Titular desde a rescisão contratual de Danilinho, Guilherme tenta, nesta reta final do Campeonato Brasileiro, recuperar o ‘tempo perdido’ e, finalmente, conquistar o carinho da torcida. A missão será árdua, mas ele garante que está pronto para isso.
– Estou aqui para contribuir. Já disse, e repito, o que eu mais quero é ser campeão aqui e marcar meu nome na história do clube – afirmou o atacante do Galo.
Em uma entrevista exclusiva ao LANCENET!, o jogador revelou o sonho do título brasileiro, relembrou a sua trajetória pelo clube e ainda contou sobre a recusa ao CSKA Moscou, sua ex equipe. Confira, abaixo, esta conversa:
LANCENET!: Você tem tudo para continuar como titular do Atlético-MG nestes seis jogos. Acredita que a torcida do Galo estará do seu lado para lhe dar forçar na caminhada final?
Espero que sim. Nós precisamos muito do apoio de todos para conseguir conquistar esse título. Estamos muito focados, mas, quanto mais ajuda das arquibancadas tivermos, mais fortes seremos nessa reta final.
LANCENET!: Pouca gente observou, mas contra o Fluminense você se destacou ao dar dois passes que por pouco não resultaram em gols (para Bernard e Marcos Rocha). O Guilherme está no time para ser aquele jogador solidário mesmo?
Estou aqui para contribuir. Já disse, e repito, o que eu mais quero é ser campeão aqui e marcar meu nome na história do clube. Seja com passes, com gols ou da maneira que for. Tudo o que puder fazer para contribuir com meus companheiros, eu farei da melhor forma.
LANCENET!: A diretoria do Galo revelou que teve propostas para te negociar, mas que não iria se desfazer de um elenco forte como o atual. Você chegou a saber dessa proposta? Recusou na hora ou pensou em sair em algum momento?
Realmente, tive uma proposta do CSKA e era muito boa financeiramente. Mas não quis ir pela vontade de ser campeão aqui. Fui bem quando passei pelo CSKA, os dirigentes de lá gostam do meu futebol, Mas optei por ficar no Atlético.
LANCENET!: O Atlético pode se tornar o primeiro time invicto em casa durante um Brasileirão de pontos corridos. Quando jogam em casa, vocês jogadores já sabem que dificilmente irão perder, por conta do caldeirão em que o estádio se forma?
O Independência se tornou uma arma muito poderosa para a nossa equipe. Todo mundo que vem jogar em Belo Horizonte sofre com a pressão da torcida, que fica muito próxima ao gramado e faz muito barulho. Além disso, é uma sintonia diferente quando jogamos em casa. O time parece que chega a um patamar em que raramente joga mal. Contamos nos dedos as partidas em que ficamos abaixo das expectativas em Belo Horizonte. Nosso aproveitamento aqui fala por si.
LANCENET!: Acredita que por tudo que aconteceu no Rio de Janeiro, o Atlético encarará essa partida contra o Flamengo com um clima diferente, mais mordido que o normal?
Não podemos negar que existe uma rivalidade entre as equipes. No jogo do Engenhão não fomos tão bem e perdemos. Mas, agora, é uma situação diferente. O Flamengo precisa muito do resultado para fugir de vez do rebaixamento, enquanto nossa equipe está muito focada, brigando pelo título e pela possibilidade de não deixar o Fluminense escapar novamente na tabela. Não será um jogo normal, igual a todos os outros, mas não podemos deixar com que a ansiedade pelo jogo por parte da torcida aconteça também com os jogadores. Precisamos nos manter tranqüilos e fazer um bom jogo contra o Flamengo, pois, além de nos aproximar novamente do líder, também nos traria uma motivação muito grande para os últimos cinco confrontos.
LANCENET!: Nesses dois anos de clube, poderia falar o que mudou de uma temporada para outra para que o Galo saísse da briga pelo rebaixamento para a disputa do título nacional?
Acho que muita coisa mudou, mas principalmente a nossa postura. Nós passamos a acreditar um pouco mais no nosso futebol, as peças começaram a se encaixar e tudo fluiu naturalmente. Desde o início do ano temos feito grandes jogos, fomos campeões mineiros invictos e chegamos muito confiantes para a disputa do Brasileirão. Acho que esse início de ano tão bom foi muito importante, além da força do nosso grupo de jogadores, que ganhou muito em qualidade com a chegada do Ronaldinho e de todos os outros que vieram.
LANCENET!: Quando chegou ao Atlético, em entrevista ao LANCENET!, você disse que gostaria de jogar mais próximo do gol, como um atacante mesmo. Hoje, você exerce a função de um meia-direita. Em qual posição prefere atuar?
Prefiro atuar mais próximo ao gol, como já havia dito naquela época. Mas estou pronto para ajudar a equipe atuando em outras funções e até no gol, se for preciso. Não tenho vaidade quanto a isso. Só espero que as pessoas compreendam que o rendimento não será tão bom quanto seria se estivesse na minha posição natural, que é jogando de atacante.
LANCENET!: Você é a maior contratação da história do Atlético (€ 6 milhões). Acredita que já deu um retorno compatível com o investimento da diretoria?
Falam muito sobre isso, mas eu acredito que tenho feito o melhor que posso, dentro do que é pedido que eu faça dentro de campo. Tenho cumprido a minha função tática e, infelizmente, nem todo mundo percebe isso. Esperam que eu seja o mesmo Guilherme do Cruzeiro, mas não entendem que estou jogando em uma função diferente daquela e, por isso, não marco tantos gols como naquela época.
No entanto, acho que fui importante para o time em momentos cruciais para o time, como na final do Mineiro, quando fui bem, e em jogos do Brasileiro depois que voltei de lesão, no momento da nossa arrancada no primeiro turno. Agora, se o retorno é compatível ou não com o investimento, só a diretoria e a comissão técnica podem dizer.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário