terça-feira, 27 de novembro de 2012

Mais uma escrita para derrubar

No ano em que quebrou alguns tabus, Galo encerra a temporada com mais um que espera dar fim: derrotar o arquirrival, Cruzeiro, o que não ocorre desde 8 de maio de 2011
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:27/11/2012 08:28
Quebrar séries negativas tornou-se o passatempo favorito do Atlético na campanha de destaque no Campeonato Brasileiro. Com persistência e superação, a equipe mineira pôs fim à sequência de quatro meses sem vencer como visitante e encerrou o tabu de 13 anos sem derrotar o Botafogo, no Rio, com o triunfo por 3 a 2 no domingo, no Engenhão. Agora, o desafio é mais árduo e também importante: a equipe terá o apoio da torcida para levar a melhor sobre o arquirrival, Cruzeiro, domingo, às 17h, no Independência, na despedida da temporada, e continuar no páreo com o Grêmio pelo vice-campeonato nacional.
O Galo não vence os celestes desde os 2 a 1 no primeiro jogo da decisão do Estadual de 2011, em 8 de maio, quando o técnico Cuca dirigiu o adversário. Os gols foram de Mancini e Patric, contra um do cruzeirense Wallyson. Desde então, foram mais cinco partidas entre os dois times de maior torcida de Minas e a vantagem é da Raposa, que venceu três vezes (as três ano passado) e empatou as outras duas, sendo uma no turno do Brasileiro, por 2 a 2, no Horto.
No início da competição nacional, o Atlético também se livrou de dois grandes tabus. Ao bater a Ponte Preta por 1 a 0, no Moisés Lucarelli, a equipe conseguiu se livrar da incômoda escrita de jamais ter vencido o adversário em seus domínios na Série A (desde 1971). E também derrotou o Grêmio por 1 a 0, no Olímpico, encerrando um jejum de 14 anos. “É lógico que não podemos pensar sempre em retrospectos, porque cada partida tem uma história diferente. Mas podemos usá-los para motivar o grupo em certos momentos”, diz Cuca.
O treinador considera que a equipe está no caminho certo, embora tenha perdido a taça para o Fluminense depois de liderar por 15 rodadas. Segundo ele, a motivação agora é terminar com o vice-campeonato nacional: “As coisas não acontecem de uma hora para outra. Se não conseguirmos agora, vamos trabalhar para buscar o objetivo depois. O clube está há muito tempo sem títulos. Infelizmente, não conquistamos o Brasileiro, mas a vaga na Libertadores premia nosso esforço. No ano que vem, trabalharemos mais para sermos campeões, mas agora queremos o segundo lugar”.
Para cumprir a missão, o Galo precisa vencer o Cruzeiro e torcer por pelo menos um empate do Grêmio diante do Internacional, na despedida do Olímpico. O time alvinegro conta com o retorno do lateral-direito Marcos Rocha (livre de suspensão) e do astro Ronaldinho Gaúcho, poupado diante do Botafogo. O armador, que pode anunciar esta semana sua permanência no clube mineiro, foi um dos destaques do jogo no primeiro turno ao marcar gol antológico no segundo tempo, driblando três jogadores celestes.
Apesar de o camisa 49 ter levado uma pancada no joelho direito no treino tático de quinta-feira, Cuca admitiu que o craque foi preservado por estar pendurado com dois cartões amarelos. Agora, ele estará livre para jogar. “Tínhamos o receio de o Ronaldinho levar o terceiro e nos desfalcar domingo. A preocupação era a mesma com o Leonardo Silva”, confessou Cuca.
Para o zagueiro Réver, que marcou o gol da vitória sobre o Botafogo, a equipe tem de manter a postura vibrante do início do Brasileiro para vencer o Cruzeiro: “Estamos vivos na competição. Mesmo que o Grêmio tenha vantagem, o torcedor pode esperar muita vontade e organização da equipe. Erramos muito, mas queremos melhorar e avançar cada vez mais”.
PROPOSTA Herói do Milan no triunfo no clássico diante da Juventus por 1 a 0, em Turim, pelo Campeonato Italiano, o atacante Robinho confirmou nessa segunda-feira que recebeu proposta do Atlético para disputar a Copa Libertadores. Além dos mineiros, Grêmio, Santos e São Paulo manifestaram interesse no jogador, mas o clube rossonero só está disposto a liberá-lo com o pagamento de R$ 40 milhões. Como o valor está longe da realidade dos cofres do Galo, o presidente Alexandre Kalil vem tentando o empréstimo por um ano.
O lateral-esquerdo Eron e o volante Serginho devem deixar o Galo em 2013. Enquanto o primeiro, que disputou o Brasileiro pelo rebaixado Atlético-GO, será vendido ao Santos por R$ 3,5 milhões, o segundo deve se transferir para um clube da Rússia de nome não divulgado. A diretoria vê com bons olhos as propostas pelos pratas da casa para arrecadar recursos e investir em reforços para a Libertadores.
PROMESSA DE CASA CHEIA
Começa nesta quarta-feira a venda de ingressos para o clássico entre Atlético e Cruzeiro. Haverá bilheterias na sede de Lourdes (das 10h às 20h) e no Labareda (das 10h às 17h) e a partir de sexta-feira na loja Class Club do Sion e no Independência. A carga é superior a 17 mil, além das 5,4 mil entradas para os sócios do programa Galo na Veia. Na sexta-feira, haverá bilheteria na loja Class Club do Sion, das 10h às 17h. Preços: Especial Pitangui, R$ 60; Especial Minas, R$ 40; Vip Ismênia e Pitangui, R$ 300; Vip Minas, R$ 200; cadeira Ismênia, R$ 40; cadeira Pitangui, R$ 30; cadeira Minas, R$ 20. Estudantes, menores de 12 anos e maiores de 60 pagam a metade.
ENQUANTO ISSO...
Galinho joga no Horto
O time júnior do Atlético começa nesta terça-feira, diante do Bahia, às 20h30, no Independência, a busca por vaga na decisão da Copa do Brasil. Os ingressos custam R$ 2. O jogo de volta será semana que vem, em Salvador. Na fase anterior, o Galinho, dirigido por Rogério Micale, eliminou o Vasco com duas vitórias por 1 a 0, em Sete Lagoas e em São Januário, enquanto os nordestinos passaram pelo Santos (1 a 1 e 1 a 0). A outra semifinal será entre Vitória e Grêmio, que jogam nesta quarta, às 20h30, em Salvador.

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