Os dois nunca esconderam paixão por seus respectivos clubes
Frederico Ribeiro
Thiago Fernandes
Publicada em 07/04/2012 às 10:13
Belo Horizonte (MG)
A paixão e a rivalidade dos torcedores são os ingredientes que mais apimentam um clássico regional. Em Minas Gerais, o duelo entre Atlético e Cruzeiro – que será disputado no domingo, às 16h, na Arena do Jacaré – levará estes sentimentos para dentro do campo. O lateral-direito Marcos Rocha e o zagueiro Léo personificam os apaixonados por Galo e Raposa.
Os dois jogadores nunca esconderam de ninguém o amor que têm por seus respectivos clubes. E este carinho, que ambos nutrem, faz com que o clássico valha mais do que os três pontos na tabela de classificação do Campeonato Mineiro.
Revelado nas divisões inferiores do Alvinegro e criado nas arquibancadas do estádio Mineirão, o camisa 2 do Galo admitiu afeto pelo clube e relembrou o maior ícone de sua geração: o atacante Marques.
– Na época do Marques, eu torci ainda mais para o Atlético. Aquela formação do time, no fim dos anos 1990, dava gosto de ver. Era uma equipe brigadora, com qualidade em todos os setores e que lutava por grandes títulos todos os anos – revelou Marcos Rocha, que deseja repetir o sucesso de seus ídolos:
– Tomara que o nosso elenco atual consiga recuperar aqueles tempos, quando o Atlético tinha uma equipe que lutava por grandes glórias no decorrer da temporada.
Também figurinha tarimbada no Gigante da Pampulha, Léo evitou apontar um confronto marcante ou um ídolo pessoal. Entretanto, o defensor cruzeirense reconheceu que, devido a paixão e a naturalidade, a cobrança de amigos e familiares é muito maior do que o normal.
– Por eu ter nascido em Belo Horizonte e ser criado aqui, sei da responsabilidade que teremos neste clássico. Sem dúvidas, isso nos motiva ainda mais para tentar um resultado positivo. Esse é um jogo que mexe com todas as pessoas da cidade. Tenho muitos amigos e familiares que torcem para o Cruzeiro. Eles já ficam me cobrando, pedindo para que eu possa contribuir com uma vitória – contou o atleta celeste ao LANCE!.
Marcos Rocha reencontrará Diego Renan
O clássico reserva um embate especial na lateral do campo. Os jovens Marcos Rocha e Diego Renan, revelados nas categorias de base de Atlético e Cruzeiro, se enfrentam pela terceira vez como atletas profissionais.
A dupla, que deve travar uma verdadeira batalha no gramado devido ao forte apoio ao ataque, foi adversária pela primeira vez em 2009. Na ocasião, o Galo, de Marcos Rocha, venceu a Raposa, de Diego Renan, por 3 a 0. No ano passado, houve novo confronto. Contudo, desta vez, o lateral-direito defendia as cores do América. O resultado foi um empate sem gols.
Embora tenha enfrentado Diego Renan poucas vezes, o camisa 2 atleticano conhece bem o estilo de jogo do rival e sabe o que terá de fazer para conter suas investidas.
– O Diego Renan é um jogador que chega muito ao ataque. Ele tem bastante qualidade para isso, mas eu estou preparado para ajudar o Atlético a conseguir mais uma vitória na temporada – declarou.
Se depender de seus bons números no setor defensivo, Marcos Rocha não terá dificuldades para atrapalhar as chegadas do camisa 6 cruzeirense ao ataque. O dono da lateral direita alvinegra efetuou 30 desarmes no Campeonato Mineiro e lidera essa estatística entre os atletas de seu clube.
Léo pode jogar como lateral-direito no clássico
Pelo time do coração, uma pessoa faz qualquer sacrifício. E a possibilidade de contribuir com um triunfo do Cruzeiro diante do Atlético faz com que Léo se disponha a jogar até como lateral-direito.
No primeiro treinamento tático da semana - que antecede o superclássico -, o técnico Vágner Mancini testou o zagueiro na função de lateral. E Léo não fez feio. Com muita vontade, o jogador demonstrou que tem condições de ajudar a Raposa também improvisado em outra posição.
Caso opte por esta alteração, o comandante celeste não estará inovando. No ano passado, também em um duelo com o Galo, o treinador escalou o zagueiro como lateral. Na ocasião, Mancini foi feliz. O jogador anulou a principal válvula de escape alvinegra, o meia Bernard, e contribuiu para uma das maiores goleadas da História do embate - 6 a 1 para a equipe celeste.
Será que, no superclássico de amanhã, válido pelo Campeonato Mineiro, Vágner Mancini colocará Léo, novamente, na função de lateral-direito? A verdade é que, caso o treinador decida fazer esta alteração, ele sabe que pode confiar em seu comandado.
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