segunda-feira, 29 de abril de 2013

DEBATE

Kalil fala de R10, contrato do Mineirão e Copa Libertadores em programa de TV
Mandatário deixou claro que o clube não pretende assinar acordo com o Mineirão
Redação - Superesportes
Publicação:16/04/2013 22:36
Atualização:16/04/2013 22:53
O presidente do Atlético, Alexandre Kalil, participou do programa de entrevista Bola da Vez, no canal fechado ESPN, que foi ao ar nesta terça-feira, e comentou vários assuntos a respeito do Galo. Entre as pautas discutidas com os jornalistas, detalhes da contratação de Ronaldinho Gaúcho, a falta de acordo para jogar no Mineirão e a Libertadores ficaram em evidência.
Veja alguns pontos citados por Kalil durante a entrevista:
Nada de ingressos gratuitos
“O Atlético dá zero de ingresso para a torcida. Se alguém descobrir que o Atlético dá ingresso para torcida organizada, eu renuncio. Se alguém tem, é porque pagou. Eu não preciso pagar para ninguém torcer pelo Atlético. Isso é uma honra. E a torcida sabe que quanto mais avança na Libertadores, maior é o preço”.
Acordo com Independência e recusa ao Mineirão
“O mal que sair de Belo Horizonte fez ao Atlético foi terrível. O Atlético é parecido com o Corinthians, precisa de bafo no cangote. Deixa eu esclarecer a questão do Independência: ‘o Atlético tem a bilheteria toda e mais 50% de tudo que é comercializado no estádio. Então é isso que temos’. O Mineirão é o seguinte: ‘estou tranquilo para falar porque conversei com o governador Antônio Anastasia, com o senador Aécio Neves e estudei o edital. Pegaram o Mineirão e entregaram para um PPP. O público é governo e os privados são os clubes’. Estão tomando os estádios do futebol. Como estão fazendo no Maracanã, com Fluminense e Flamengo. Eles serão explorados na palavra. Essa é a discussão”.
“No Mineirão, eu tenho 54 mil ingressos e o estacionamento. Sabe quanto é a brincadeira Mineirão a preço de mercado hoje? O Mineirão, bem tocado, com 60% da ocupação, faz com que deixe de entrar para os clubes R$ 100 milhões de reais por ano. Está tudo inscrito. Calculei tudo isso multiplicando pelo dobro do que ganho no Independência. Para o jogo com o Villa Nova, eu pedi 40 lugares e eles estão vendendo, não cederam. Eu mandei avisar que não vou ao jogo. O Cruzeiro assinou um contrato com um bar e dois camarotes, mas é responsável por 70% da despesa. A luz que acende no camarote, que não é dele, ele tem que ajudar a pagar. O edital, que já é podre, é melhor que o contrato. Se Deus quiser, o próximo presidente, vai para um estádio próprio. Tem tudo para isso”.
Contratação de Ronaldinho
“O Cuca me ligou e disse: ‘presidente, nosso camisa 10 saiu do Flamengo’. Eu respondi que havia visto na internet, mas que não sabia o que ia acontecer. Aí ele me disse que havia ligado para o Assis e que ele queria falar comigo. Eu estava no Rio de Janeiro para contratar outro jogador. O Assis sentou, tive uma conversa com ele, escrevi no papel a proposta, entreguei na mão dele e ele foi embora para Porto Alegre. A mãe do Ronaldinho não estava bem, agora está bem graças a Deus. Ele me ligou dois dias depois, dizendo que queria que falasse tudo que falei com ele e eu embarquei para Porto Alegre”.
“Se alguém acha que o Ronaldinho é capaz de responder uma pessoa, fazer uma falta de educação, nunca conversou com o Ronaldinho. O Ronaldinho é um doce. Ele incomoda de tão dócil e doce que ele é. Acabei e falei: ‘Menino, você não fala, não?’. ‘Não, eu sou assim mesmo, presidente’. ‘E aí, vamos?’. Ele falou: ‘Que dia?’. ‘Amanhã’. Eu estava no lugar certo, na hora certa e deu certo”.
“Podia ter sido uma lambança. Mas contratar o Ronaldinho Gaúcho foi contratar por muito menos que 30 jogadores ganham no Brasil. Porque o Ronaldinho quer tudo, menos dinheiro. Para quem não sabe, ele é rico e é com força. Ele não precisa de dinheiro. Ele quer alegria, felicidade, adora jogar bola. No CT, se deixar, ele treina com bola até machucar a perna. Agora, se for para academia, ele é o primeiro a sair fora. Parece um menino no gosto de jogar futebol”
Libertadores
“É natural. O Atlético e o São Paulo estão disputando a competição mais importante. E o Atlético não vem para fazer amistoso. O São Paulo precisa do resultado. O respeito que temos pelo São Paulo é o respeito de quem quer tirá-los da competição por uma questão de respeito. Se eu puder escolher adversário, não escolho o São Paulo. Mas se vier também, como diz o velho chavão, quem sonha com a Libertadores não pode escolher”.
“A Libertadores seria uma realização como presidente e torcedor. O presidente é um torcedor. Sou tão atleticano quanto eles, a diferença é que a torcida não manda nada. Acho que merecemos, está na hora, está maduro. Posso não ser o presidente campeão, digo isso para tudo mundo, mas que o Atlético está prontinho para isso, está. Está prontinho para ganhar e colher tudo o que plantou. Agora se vai acontecer isso e se eu vou ser o presidente, eu não sei, mas que estamos muito perto disso, estamos”

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