Gaúchodependência
Foi só o craque não conseguir repetir as boas atuações do turno para o rendimento do Galo cair assustadoramente. Seria coincidência? Ronaldinho descarta ser a referência
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:03/10/2012 08:40
Atualização:03/10/2012 14:01
Com status de estrela e esperança de conquistas da torcida, Ronaldinho Gaúcho chegou ao Atlético em 4 de junho na tentativa de reencontrar o bom futebol e conquistar um dos poucos troféus que faltam em sua carreira: o título nacional. Depois de primeiro turno empolgante, o rendimento da equipe no Campeonato Brasileiro caiu e, coincidentemente, o jogador não conseguiu repetir as boas atuações. Ele não balança as redes desde os 2 a 2 no clássico com o Cruzeiro, ainda na primeira metade da competição, e sua última assistência ocorreu na goleada sobre o Palmeiras por 3 a 0, para o gol de Leonardo Silva.
Por isso, a comissão técnica e os companheiros têm dado total apoio ao camisa 49 na tentativa de que ele volte a atuar bem e a conduzir a equipe às vitórias. O técnico Cuca espera que o armador aproveite a semana para descansar e se preparar ao máximo para a partida contra o Figueirense, sábado, às 18h30, no Independência. O Galo espera diminuir a diferença para o líder, Fluminense, que agora é de seis pontos.
“Continuamos muito concentrados nesta missão e confiamos que possamos reagir o quanto antes. A torcida nos apoia muito, mas é exigente e quer que a gente vença sempre. Não sou a referência do Galo, pois a responsabilidade é de todos. Contribuo apenas nos passes aos atacantes, para que eles façam gols”, afirma Ronaldinho, que descartou qualquer dependência do Galo em suas boas exibições. Ele ainda é o líder da equipe em assistências na temporada (oito).
Mesmo pendurado com dois cartões amarelos, o jogador não quer se poupar caso tiver de parar um jogada adversária com falta. Se levar o terceiro contra o Figueira, ele cumprirá suspensão contra o Internacional, quarta-feira que vem, em Porto Alegre, um dos confrontos mais difíceis na visão do R49. Ele já ficou de fora no empate sem gols com o Bahia, no Pituaçu, pelo acúmulo de amarelos.
Assim como Ronaldinho, o lateral-esquerdo Júnior César considera normal a cobrança dos torcedores em relação ao inexpressivo aproveitamento no segundo turno (41%), mas pede paciência e admite que os mais experientes têm de assumir a função de trazer a equipe de novo ao rumo das vitórias. “Não podemos nos desesperar. Quando almejamos uma conquista como o Brasileiro, temos de estar preparados para qualquer dificuldade. Precisamos ser fortes para saber lidar com um momento difícil, mas a confiança continua a ser como antes”.
ERROS DEFENSIVOS Sem o zagueiro Réver, o lateral-direito Marcos Rocha e o atacante Bernard, que viajaram para a Argentina para defender a Seleção Brasileira, além dos volantes Pierre e Leandro Donizete (machucados), Cuca comandou um treino tático nessa terça-feira à tarde, na Cidade do Galo, buscando corrigir erros de posicionamento na defesa. Ele ficou insatisfeito com a quantidade enorme de erros de passe no empate com a Portuguesa (1 a 1), em São Paulo, e estuda reservadamente os titulares que mandará a campo no sábado.
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