quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Da pompa ao ostracismo (26/11)

Atualmente, Petkovic é reserva do time
Paulo Galvão - Estado de Minas


A temporada se aproxima do fim e, como o Atlético ocupa posição intermediária na classificação do Campeonato Brasileiro, as avaliações e o planejamento para 2009 já começaram, por mais que a diretoria não comente o assunto. A torcida especula quem pode chegar e também os que vão sair, sonhando com um time bem mais forte que o deste ano, que ficou longe do que se esperava.
Entre os atletas com o futuro incerto está o armador Petkovic, de 36 anos. Apresentado com pompa no dia em que o clube completou 100 anos, em 25 de março, como o grande comandante de um time que daria alegria aos atleticanos, o jogador acabou se tornando o símbolo deste ano tão importante, mas que não deixará saudades.
Quando foi contratado, o sérvio renovou as esperanças atleticanas. Logo se tornou titular e, na primeira partida, em 23 de abril, marcou gol, mas não impediu a derrota por 3 a 2 para o Náutico, no jogo de ida das oitavas-de-final da Copa do Brasil, no Recife.
Por ter chegado depois do encerramento das inscrições, não pôde evitar que o Galo perdesse o título mineiro para o rival Cruzeiro. Tampouco sua contribuição foi suficiente para que o alvinegro passasse pelo Botafogo, nas quartas-de-final da Copa do Brasil.
Com a chegada do técnico Alexandre Gallo, tornou-se titular absoluto, começando as nove primeiras partidas da equipe no Campeonato Brasileiro. Mas, então, sofreu com problemas físicos, que o tiraram de três das oito partidas que a equipe fez em julho, o que não abalou seu prestígio.
Em agosto, já com Marcelo Oliveira no comando, ele atuou em seis dos nove jogos do Galo. Mas uma dor no quadril, depois de marcar um gol no empate por 1 a 1 com o Goiás, quebraram a seqüência do sérvio, que só voltou à equipe um mês depois, entrando no segundo tempo da vitória por 2 a 1 sobre o Náutico.
A contusão coincidiu com a renúncia do presidente Ziza Valadares, que deflagrou crise política no Atlético. A situação incomodou Petkovic, que, entretanto, preferiu não externar opinião, se negando a conceder entrevistas.
Desde então, o armador nunca mais voltou a ser titular. Nos últimos seis jogos, entrou em cinco, sempre no segundo tempo. Assim, não atuou muito mais do que 90 minutos no total.
COM MORAL O técnico Marcelo Oliveira faz questão de garantir que o experiente atleta continua nos planos e tem sido importante para o time, tanto que o tem escalado durante os jogos. Porém, sua preferência tem sido pelo jovem Renan Oliveira, que se destaca como uma das revelações do Brasileiro.
Assim, Petkovic chega ao fim da temporada da mesma forma que o Galo: melancolicamente. Pelas tantas conquistas que já protagonizaram, muitos esperavam mais de ambos.

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