domingo, 24 de agosto de 2014

Técnico avalia desempenhos de jovens jogadores e compara Jemerson a ex-zagueiro Luizinho

Levir Culpi pediu paciência aos atletas que ainda estão começando carreira no clube
postado em 24/08/2014 13:45 / atualizado em 24/08/2014 17:22
Rafael Arruda /Superesportes
Se por um lado o elenco do Atlético conta com os já consagrados Victor, Leonardo Silva, Josué e Diego Tardelli, por outro jovens em ascensão buscam a oportunidade de alçar voos maiores na carreira. São os casos do lateral-direito Alex Silva e do zagueiro Jemerson, que vêm ganhando aos poucos a confiança do técnico Levir Culpi.
Alex Silva, de apenas 20 anos, tem idade para disputar a Taça BH de Futebol Júnior, porém faz parte do grupo principal desde fevereiro. Ele é o substituto imediato de Marcos Rocha, que segue de fora da equipe por conta de um estiramento sofrido no músculo posterior da coxa esquerda. Num discurso protetor, Levir deposita confiança nas capacidades do atleta.
"O Alex, que é um jogador muito novo, está sofrendo uma certa pressão. Difícil de entender. Ele é um menino e tem boas condições. Às vezes não faz as coisas que a gente gostaria que fizesse, mas ele está fazendo parte do nosso time e precisa ter o apoio de todo mundo. Então precisamos estar perto para que ele possa ficar tranquilo. Mas o Alex demonstrou personalidade e foi seguro no segundo tempo (contra o Inter). Isso é muito importante, pois o jogador deve atuar na próxima partida do campeonato também", comentou.
Outra revelação das categorias de base do clube é o baiano Jemerson, de 22 anos. Depois do retorno de Otamendi ao Valencia e da nova lesão sofrida por Réver, o jogador foi escolhido para ser titular ao lado do veterano Leonardo Silva, superando as concorrências de Edcarlos e do recém-chegado Tiago. Ele já atuou em 23 partidas nesta temporada e fez um gol.
Levir faz uma comparação ousada de Jemerson a Luizinho, antigo ídolo que disputou mais de 500 partidas pelo Atlético nas décadas de 1970 e 1980 e foi titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1982, na Espanha. O técnico, no entanto, dá uma espécie de "puxão de orelha" no garoto.
"Tem uma situação do Jemerson que me deixa preocupado. No caso dele, aparenta uma tranquilidade muito grande e faz o estilo do Luizinho, que foi um grande zagueiro do Atlético. Só que ele abusa um pouco da qualidade que tem. Isso precisa ser corrigido. Tem que ficar um pouco mais sério, pois pode perder a bola", avalia o comandante, temendo que o zagueiro possa perder a bola nas situações mencionadas.
"Ele tem tanta confiança que acha que nunca perderá a bola. Demonstra categoria e matou a bola pelo menos cinco vezes contra o Inter. Só um jogador de qualidade faz isso. Zagueiro que não tem qualidade, enfia a cabeça na bola e pronto. Mas ele precisa controlar um pouquinho, né?!", acrescenta.
Levir, por fim, dá uma espécie de dica aos garotos do grupo que desejam conquistar espaço na equipe profissional. "Estou dando a oportunidade para jogar. Que agarrem. Se o jogador entender esta situação, pode ser titular e se tornar um grande profissional", conclui.

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