segunda-feira, 24 de maio de 2010

Emocionado, Marques se despede do futebol e revela 'último pedido'


Atacante disse ao Superesportes que gostaria de uma partida festiva entre Galo e Timão, para marcar o fim da carreira


Leandro Mattos - Portal Uai

Leonardo Cunha - Portal Uai

Publicação:

21/05/2010 14:53

Depois de anunciar o fim de sua carreira como atleta profissional, na última quarta-feira, o atacante Marques concedeu uma entrevista coletiva no final da manhã desta sexta-feira, num hotel de Belo Horizonte. O ‘xodó da massa’, como ficou conhecido em sua longa trajetória como jogador do Atlético, falou de tudo um pouco. Lembranças, momentos marcantes, relação com a torcida, gratidão, planos para o futuro e, quem sabe, um último pedido, foram os principais temas de um bate-papo franco e emocionado.
Após 386 jogos com a camisa preta e branca e 133 gols, Marques gostaria de mais 90 minutos para se despedir de vez dos gramados e revelou qual seria o adversário para o momento especial: “Pô, seria o Corinthians, sem dúvida. Seria legal esse momento junto com o Corinthians. Seria uma homenagem muito especial, com certeza”, disse ao Superesportes, depois conceder a entrevista coletiva. O Timão foi o clube que revelou o jogador, que chegou ao Parque São Jorge com apenas 13 anos.
O que o ídolo não admite é ficar sem um jogo de despedida. “É legal pra mim, é legal para o torcedor que, de repente, quer me ver vestindo a camisa do Atlético pela última vez, numa festa bacana. Seria maravilhoso. Então vamos esperar o que o Atlético quer. A gente, de repente, pode conversar sobre uma festa. Seria marcante para mim e principalmente para o torcedor, que vai estar se despedindo de um cara que honrou a camisa, que se sacrificou pela camisa. Ele (torcedor) sabe disso e ele reconhece todo esse esforço que eu fiz”.
Desfecho diferente
Depois de falar sobre o último desejo, Marques lamentou mais uma vez que seu contrato não tenha sido renovado pelo Atlético, pois imaginava um final diferente para a temporada 2010. “É difícil falar. O Atlético está fazendo outros negócios, está trazendo outros jogadores. Eu vejo a questão muito simples: era uma prorrogação de cinco meses. Meu sonho era, no final do ano, estar me despedindo do Atlético, da minha torcida. E eram cinco meses só, até o final do Brasileiro. Eu realmente fiquei decepcionado com esse desfecho, mas o que vai ficar é esse regalo que a gente deixou aí no clube. Uma história linda, sabe, de sacrifícios acima de tudo, de estar abrindo mão, de repente, até de dinheiro para ficar no clube, por ter um amor com o clube, com o torcedor”.
Ao contrário do que disse o presidente Alexandre Kalil, nessa quinta-feira, Marques disse que o clube sabia de seu interesse em permanecer atuando por mais cinco meses. “É legal frisar também que eu procurei com antecedência. Eu li que chegou a data de encerramento e que eu não procurei o Atlético para a renovação, mas eu não vejo dessa forma. Desde o começo do ano, nas oportunidades que a gente teve de conversar junto com vocês da imprensa, disse que a intenção era levar até o final do ano, já que eu estava me sentido bem e apto para, acima de tudo, estar ajudando dentro de campo”.
Durante a entrevista, o atacante não conteve o choro em alguns momentos. O mais emocionante foi quando ele lembrou do Mineirão cheio, gritando seu nome, e foi às lágrimas. “Olha, são 386 jogos, 133 gols. Foram muitos momentos bons, maravilhosos, que a gente passou no Mineirão lotado. Eu joguei no Mineirão com mais de 100 mil pessoas gritando o meu nome. Essa é sem dúvida a entrevista mais difícil da minha vida".




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