terça-feira, 11 de maio de 2010

No embalo do craque

Mesmo sem balançar a rede, Diego Tardelli volta a desequilibrar, ao participar dos dois gols atleticanos na vitória sobre o Vasco

Ludymilla Sá - Estado de Minas

Publicação:
10/05/2010 07:00

O Atlético estreou no Campeonato Brasileiro do jeito que a massa gosta. Venceu o Vasco por 2 a 1, ontem à tarde, no Mineirão, e garantiu os três pontos. O futebol, porém, não foi dos melhores. Se foi superior no primeiro tempo, o alvinegro mineiro caiu substancialmente de produção no segundo e assustou os torcedores.Faltou fôlego ao time de Vanderlei Luxemburgo, em consequência do ritmo intenso de jogos das últimas semanas, com a disputa simultânea de Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Uma das exceções foi Diego Tardelli, mais uma vez destaque, pelas jogadas precisas que encantaram os atleticanos. O Galo se prepara agora para o jogo de sábado contra o Prudente, no interior paulista. No dia seguinte, os vascaínos receberão o Palmeiras, em São Januário.O artilheiro não marcou na estreia, mas não passou em branco em termos de participação. Esteve presente nas principais jogadas ofensivas do Galo. Foi dele o passe para Ricardinho inaugurar o marcador. Em arrancada pela esquerda, o atacante cruzou na área para Fabiano. O zagueiro Thiago Martinelli tentou o corte, mas a bola sobrou para o armador fazer o primeiro gol atleticano no Brasileiro.Não demorou muito para o placar ser novamente movimentado. O segundo gol partiu de um tiro de meta, bem cobrado por Aranha. Outra vez, Tardelli apareceu sozinho pela direita e chutou na saída de Fernando Prass. A bola estava entrando, mas Muriqui, em velocidade, em cima da linha, chutou para garantir.Os atleticanos poderiam ter assegurado uma goleada logo na etapa inicial, se Ricardinho e Fabiano não tivessem perdidos chances claras. O primeiro chutou rasteiro para fora e o segundo, sobre o goleiro. Depois, foi Muriqui, e em dose tripla: recebeu três passes de Tardelli e, em todos, chutou sem perigo para tranquila defesa de Fernando Prass.Na verdade, o Vasco é bem limitado. Sem Carlos Alberto, então, não se salvaram nem o jovem armador Phillipe Coutinho nem o experiente o atacante Dodô. Perdido em campo, o primeiro chegou a escorregar na área atleticana. O segundo, sem marcação, perdeu chance preciosa, chutando para fora. Os poucos torcedores que saíram do Rio para prestigiar a estreia do time da Cruz de Malta, sem paciência, pediram a cabeça do técnico Gaúcho.SUFOCO X ALÍVIO Os cariocas ganharam esperança no segundo tempo. O Galo, visivelmente cansado, não teve a mesma eficiência defensiva nem a qualidade nos contra-ataques. E, mais uma vez, foi vítima das bolas altas. Em cobrança de escanteio, Dedé cabeceou e Aranha falhou ao rebater para a área. Élton não perdoou e diminuiu.A partir daí, foi um sufoco. Aflitos, os torcedores atleticanos contavam os minutos para o fim da partida, comemorando bastante quando o árbitro goiano Elmo Alves Rezende Cunha apitou e apontou para o centro do campo.

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