Antônio Melane - Estado de Minas
Publicação:
03/05/2010 07:00
Depois de 146 jogos, 219 horas de muito futebol e emoções, o Atlético foi o campeão mineiro de 2010, concluído ontem à tarde, no Mineirão, com a vitória por 2 a 0 sobre o Ipatinga. Foi uma bela e emocionante festa. O torcedor atleticano, eufórico, cantou, sambou, deixou as lágrimas rolarem e tornou o espetáculo ainda mais bonito.Parecia que os mais de 60 mil torcedores estavam também dentro de campo. O Tigre valorizou a conquista, em competição que para muitos não teria fim, por causa dos erros de arbitragens, do jogo de interesses dos dirigentes, cada um pressionando à sua maneira para chegar na frente. Deu Galo em cima de um adversário que estava invicto no estádio, onde vencera duas vezes o Cruzeiro.Não foi fácil para o Atlético chegar ao Mineirão para os 90 minutos da caminhada final, para jogar seu futebol e dar a volta olímpica, porque a equipe custou a engrenar. Pouca gente hoje se lembra de que por pouco não perdeu para o América de Teófilo Otoni, no jogo interrompido pela chuva. E foram dramáticos os duelos contra Democrata-GV, Tupi e América, sem contar a única derrota, para o Cruzeiro, por 3 a 1.A torcida, em certos momentos, mesmo sempre presente, chegou a questionar, o que obrigou o técnico Vanderlei Luxemburgo a reagir. Ele entendeu a pressão como carência devido à falta de títulos. Pediu paciência e tempo. A massa concordou e o Galo, já na primeira fase, em que terminou no terceiro lugar, chegou a dar pinta de que este ano não seria mais como os últimos.A fórmula de jogar foi simples, mas objetiva, com o treinador pedindo marcação forte, agressividade, posse de bola e busca pelo gol. O crescimento foi gradativo. Por incrível que pareça, a decisão contra o Ipatinga, ontem, depois dos 3 a 2 no jogo do Ipatingão, tem muito a ver com o que foi o Atlético em toda a competição.No primeiro tempo, tocando a bola com consciência, partindo apenas nos momentos certos. A partir da metade da segunda etapa, observando o adversário cansado e entregando os pontos, porque teria de fazer dois gols, foi para cima e fez o que o Ipatinga não conseguia. A partir daí, foi uma festa memorável. Tão bonita que não deveria ter fim.GOLS INESQUECÍVEIS Diego Tardelli, ao fazer 1 a 0, comemorou com a torcida, em explosão recíproca de alegria. O grito de “campeão” tomou conta de todo o cenário. Vieram as lágrimas, sem medo.Para completar o show, Marques mexeu ainda mais com o coração atleticano ao marcar o segundo gol. Foi aplaudido até ao receber o cartão amarelo, por arrancar a camisa e prendê-la à bandeirinha de escanteio na comemoração. Parecia um menino ao receber um brinquedo de seus sonhos. A torcida do Galo agia da mesma forma.
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