quinta-feira, 30 de outubro de 2014

30/10/2014 12h29 - Atualizado em 30/10/2014 12h29

Capitão contra o Fla, Pierre quer vaga na final para superar momento difícil
Volante recebe a braçadeira dias depois de perder o irmão e, mesmo após derrota
no primeiro jogo, acredita na classificação do Atlético-MG à final da Copa do Brasil
Por Rafael AraújoRio de Janeiro
Pierre é um dos jogadores mais elogiados pela torcida atleticana pela raça e vontade que mostra quando está em campo com a camisa do Atlético-MG. E mesmo em um momento difícil da vida, o jogador mostrou toda a garra que usualmente demonstra em campo fora dele. O irmão do volante morreu assassinado no início da semana, mas o camisa 5 do Galo superou a dor da perda e o cansaço da viagem - ele acompanhou o velório no interior da Bahia - para se juntar ao time no momento decisivo.
Como prêmio pela dedicação, foi escolhido pelo técnico Levir Culpi para ser o capitão do time no jogo de ida válido pelas semifinais da Copa do Brasil, na quarta-feira. Pierre agradeceu a confiança, mas lamentou o resultado ruim.
Pierre
- Tem a ver sim. A braçadeira de capitão foi por uma atitude de um atleta, que passou o que passou, e estava aqui para jogar. São situações como essa que me fazem continuar no futebol, que ainda me fazem sentir prazer em estar aqui.
Neste momento difícil na vida particular, o volante contou de onde tirou forças para estar em campo. E garantiu ainda mais superação para buscar a classificação no jogo da volta.
- É Deus que nos dá força. Tive o apoio dos familiares, do meu pai e da minha mãe, da minha esposa. Foi na base da superação, porque é um momento bastante difícil. Pegou a família toda de surpresa. Agora é erguer a cabeça. Vida que segue. Esperamos coroar esse momento difícil com a classificação em BH. Sabemos da dificuldade, mas acreditamos que podemos reverter a situação – completou Pierre, que tem 163 jogos com a camisa alvinegra.

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