sábado, 13 de maio de 2017

Autor do gol que garantiu o 44º título estadual ao Galo, Elias sonha com a Copa da Rússia Alexandre Simões e Frederico Ribeiro esportes@hojeemdia.com.br 13/05/2017 - 06h01 Principal reforço do Atlético em 2017, o volante Elias precisou de 18 jogos para cair nos braços da Massa. Autor do gol que deu o título estadual ao alvinegro, na vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, ele agora sonha em voltar à Seleção Brasileira e figurar na lista do técnico Tite para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Nesta entrevista exclusiva ao Hoje em Dia, o paulista de 31 anos conta porque aceitou trocar o futebol europeu pelo Galo e avalia o trabalho do técnico Roger Machado, entre outros. Disputar a Copa de 2018 é um objetivo plausível, ainda mais se considerarmos a confiança que o Tite tem em você? Disputar Copa do Mundo é o objetivo de todo jogador. Quero estar bem para merecer uma chance. Mesmo que o Tite goste de mim e já me conheça, preciso estar bem, pois ele já falou que não vai convocar jogador apenas por gostar. Quero estar vivendo um grande momento quando for chamado. Você já foi campeão por Corinthians, Flamengo e Atlético. Podemos dizer que o Elias é tipicamente um jogador de “clubes de massa”? É fácil jogar em times de massa. Ela gosta que o jogador se entregue e seja o reflexo dela dentro de campo. O povo sofre, batalha e se dedica. Por ser jogador de meio de campo e ter um bom poder físico, aliando com a técnica que eu tenho, eu consigo desempenhar esse papel e conquistar a torcida. É fácil jogar em time de massa. Ela gosta que o jogador se entregue e seja o reflexo dela dentro de campo. O povo sofre, batalha e se dedica. Com o elenco que temos, podemos brigar por todos os títulos Você já havia dito que o Roger Machado foi essencial para sua vinda para o Atlético. Agora, você foi decisivo na conquista do primeiro título dele como treinador, derrotando a equipe de Mano Menezes, seu mentor no futebol. Por que o trabalho do Roger é tão elogiado pelos jogadores? O Roger é um grande treinador. Provou isso no Grêmio, montando a equipe campeã da Copa do Brasil. O mundo do futebol é muito pequeno para os jogadores. Nos falamos, trocamos idéias com outros companheiros de outras equipes, e tudo que vinha do Roger eram coisas muito positivas. É um treinador novo, dinâmico, que fala a verdade para o jogador, e isso é muito importante no futebol. O atleta atingiu um nível de conhecimento e de informação que não adianta contar mentira. O Roger trabalha sempre com a verdade e, além disso, é muito bom taticamente e entende a cabeça dos atletas. Qual foi o fator que mais te atraiu para trocar o Sporting (Portugal) por esse desafio no Atlético? Quando decidi vir para o Galo, o projeto me atraiu muito. O presidente me disse que brigaria para ganhar o máximo de títulos neste ano, que ia montar um grande time, e montou. E também que traria um grande treinador, que era o Roger. Não tive muito o que pensar e resolvi abraçar esta causa. Você chegou com a imagem muito forte pelo que fez no Corinthians em 2015 e, com três meses de temporada, mostra um rendimento próximo àquele no Atlético, inclusive com gols. Já se reencontrou no Galo? Eu sabia que iria ter um período para me readaptar ao futebol brasileiro. Fiquei uns quatro meses sem ter uma sequência de jogos ideal para o rendimento melhorar e adquirir confiança. Sabia que trabalhando sério, conhecendo o grupo e a filosofia do Roger, as coisas iriam acontecer. Todo jogador que vai para a Europa precisa de um período para se readaptar. Atingi meu nível físico e também o técnico e, agora, é melhorar para chegar à Seleção. O Roger é um grande treinador. É novo, dinâmico e fala a verdade para o jogador, e isso é muito importante no futebol. E, além disso, é muito bom taticamente e entende a cabeça dos atletas O que um título muda na vida de um jogador? Ganhando títulos e se destacando na equipe, você abre os olhos do treinador da Seleção e também de outros clubes que queiram contar com o seu futebol. Isso é normal, atrai novos olhares. Espero continuar assim. A caminhada ainda é muito longa, mas trabalhando e nos dedicando, teremos chances maiores de alcançar os nossos objetivos. A torcida do Atlético clama por um Brasileirão, título o qual não ganha desde 1971. A Libertadores, disputada pela quinta vez consecutiva, também é objeto de desejo. É possível conquistar as duas em 2017? Com o elenco que temos, podemos brigar por todos os títulos. Não podemos afirmar que vamos ganhar, pois existem outras equipes de qualidade no Brasileiro e também na Libertadores, mas confiamos muito no nosso trabalho, na diretoria e na comissão técnica. O elenco foi bem formado, e com certeza outros jogadores devem chegar para reforçar. Teremos pela frente grandes sequências de jogos, então precisaremos de um pouco mais de opções, mas, com o que temos, já podemos brigar pelos títulos que disputaremos nesta temporada. Passada a semana após ter derrotado o maior rival e levantado o caneco, qual a sensação deste triunfo, o seu primeiro em Minas Gerais? É uma satisfação muito grande, trabalhar muito, abdicar de várias coisas e, no fim, conseguir vencer. É sempre bom conquistar títulos. Falando por mim, acho que me dediquei ao máximo para poder ser campeão aqui. Estamos correndo atrás para alcançar outros voos e para que possamos ganhar grandes coisas pelo Atlético.

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