terça-feira, 30 de maio de 2017

Avesso ao rodízio, Roger Machado será obrigado a mexer na formação do Atlético Cristiano Martins csmartins@hojeemdia.com.br 30/05/2017 - 06h00 - Atualizado 13h47 Seja “apenas” por falta de concentração ou pelo desgaste físico – hipótese esta negada pelo técnico Roger Machado –, o desempenho e os resultados recentes ligaram o alerta no Atlético. Com apenas uma vitória e nove gols sofridos nas últimas cinco partidas, o Galo se colocou em situações desagradáveis na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro, após ter encerrado a fase de grupos da Copa Libertadores na primeira colocação geral. Nesse contexto, o duelo da volta com o Paraná, pelas oitavas de final do mata-mata nacional, ganhou novas proporções. A ponto, inclusive, de a comissão técnica ter antecipado a concentração para depois do treino de ontem à noite na Cidade do Galo. Os jogadores, porém, pediram um "voto de confiança", e o regime especial foi cancelado. A mudança na agenda, em tese, possibilitaria uma maior recuperação física dos atletas, com alimentação e descanso mais bem controlados por Roger e equipe. Seriam mais de 48 horas de recolhimento até o confronto, às 21h45 desta quarta-feira (31), no Independência (no duelo de ida, o Paraná venceu por 3 a 2). O treinador, contudo, rechaça a relação entre a queda de rendimento e a pesada sequência de partidas. “Correr atrás do adversário desgasta muito mais. Mas não é uma exclusividade do Atlético jogar quarta e domingo. Há dez dias, estávamos comemorando o fato de ter todo mundo à disposição, e o trabalho da parte física estava sendo muito elogiado. A questão é no campo, na parte técnica e tática”, minimizou Roger após o empate por 2 a 2 com a Ponte Preta, pela terceira rodada da Série A. Mudanças forçadas Esta será a terceira semana sem “folga” para o Atlético, com média de um jogo a cada três dias. Contra os paranaenses, o time mineiro completará a sexta partida seguida desde a estreia no Brasileirão, diante do Flamengo, em 13 de maio. E a rotina será mantida mesmo com a pausa na Libertadores até o início de julho, pois a Série A passará a ser disputada também durante a semana. Até aqui, Roger Machado tem se mostrado avesso ao rodízio de jogadores, ao contrário de Renato Portaluppi (Grêmio) e Zé Ricardo (Flamengo), por exemplo. Em situações parecidas, eles pouparam o time titular no Brasileirão e na Copa do Brasil, respectivamente. Para se ter uma ideia, nove atletas estiveram em campo em 20 ou mais ocasiões, em um total de 30 partidas disputadas pelo Atlético em 2017. Cazares (27), Fábio Santos (26), Marcos Rocha, Gabriel e Otero (25) são os mais frequentes, sendo que alguns titulares como Victor, Leonardo Silva, Robinho e Fred só ficaram de fora por conta de lesões e/ou suspensões. O técnico atleticano, porém, será obrigado a mexer na equipe justamente após ter encontrado aquela que parecia ser a melhor formação. Com lesão na coxa direita, o volante Adilson está vetado por tempo indeterminado. Após a decisão contra o Paraná e o duelo com o Palmeiras, pela quarta rodada do Brasileirão, no domingo, Roger também não poderá contar com Cazares e Otero. Convocados pelas seleções do Equador e da Venezuela, respectivamente, eles desfalcarão o time em três jogos da Série A, contra Avaí, Vitória e Atlético-PR.

Nenhum comentário: