terça-feira, 30 de maio de 2017

Desde “milagre do Horto”, registro de meninos xarás de Victor subiu 33% em MG Entre homenagens e coincidências, nome idêntico ao do goleiro do Atlético-MG teve aumento significativo nos cartórios do estado Por Luiz Martini e Guilherme Frossard, de Belo Horizonte 30/05/2017 06h21 Atualizado há 11 horas É impossível medir a paixão de um torcedor pelo seu clube do coração. Tanto que alguns envolvem a família com o futebol. Desde o dia 30 de maio de 2013, quando promoveu o “milagre do Horto” na partida contra o Tijuana – ao defender o pênalti de Riascos, com o pé esquerdo, nos acréscimos -, o goleiro Victor entrou para o hall de ídolos frequentemente homenageados pelo torcedor atleticano. O título da Libertadores no mesmo ano coroou esse status ao jogador. No aniversário de quatro anos do lance que eternizou Victor no Independência, o GloboEsporte.com pesquisou sobre um tipo de homenagem especial dada ao goleiro: pais que batizaram os filhos com o nome do camisa 1 do Atlético, considerando a mesma grafia, incluindo a letra c no meio. XARÁS DO GOLEIRO É impossível mensurar quantos "Victors" registrados no estado foram simplesmente uma homenagem ao ídolo. Porém, os números são curiosos. Segundo dados do IBGE, na década passada, antes de qualquer ligação do jogador com o Atlético-MG, 14.220 crianças foram registradas com o nome de Victor em Minas Gerais. Isso dá uma média de 1.185 por ano. De 2013 para cá, quando o goleiro entrou para a história do Galo, a média subiu para 1.585 por ano. Isso representa um aumento de 33%. Os dados da Recivil (Sindicato dos Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado de Minas Gerais) mostram que o boom veio em 2013, ano do título da Libertadores. Mais de 2.000 crianças se tornaram xarás do goleiro. Em 2014 os números também foram expressivos. O exemplo se enquadra com a história de Letícia Damasceno e do filho. A torcedora do Atlético-MG relembra o dia em que prometeu homenagear o goleiro. - Eu estava morando em Brasília. Vim com o meu marido para o jogo contra o Tijuana no Independência. Quando houve o pênalti, ele queria ir embora. Eu falei que não arredava o pé. Disse que ele podia ir sozinho. Ajoelhei e prometi que, se o Victor pegasse o pênalti, quando estivesse grávida, se fosse menino, meu filho se chamaria Victor. Nem vi a defesa. Estava ajoelhada no meio da torcida. Depois, quando descobri a gravidez, falei que iria até o fim com a promessa. Não é só no nome que o pequeno Victor se inspira no goleiro famoso. A história de vida do jovem foi de superação. Enquanto o camisa 1 do Galo dava alegrias a milhões de atleticanos, o pequeno xará lutava pela vida para a felicidade dos pais. Hoje, aos três anos, Victor tem a camisa do goleiro do Atlético-MG (Foto: Arquivo pessoal) Hoje, aos três anos, Victor tem a camisa do goleiro do Atlético-MG (Foto: Arquivo pessoal) Hoje, aos três anos, Victor tem a camisa do goleiro do Atlético-MG (Foto: Arquivo pessoal) - Minha gravidez foi complicada. Pesquisei sobre o nome e vi que significava vitorioso. O nome veio a calhar com a história do meu filho e do goleiro no Atlético-MG. Graças a Deus deu tudo certo - completou Letícia, mãe de Victor, que fez três anos no último dia 24 de maio. DADOS DO IBGE 14.220 Victors registrados na década, de 2000 a 2010 DADOS DA RECIVIL (de 2013 até meados de 2017) Quantidade Ano 2.015 registros 2013 1.936 registros 2014 1.609 registros 2015 1.826 registros 2016 529 registros 2017 *Os dados citados na reportagem não visam mensurar que todos os registros foram homenagens ao goleiro. Os números apenas mostram uma curiosidade do nome em Minas Gerais com a história do camisa 1 do Atlético-MG.

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