sábado, 11 de maio de 2013

Por um tri

Cuca vem de dois títulos mineiros dirigindo Cruzeiro e Atlético, enquanto o celeste Marcelo Oliveira conquistou o bicampeonato com o Coxa no estado do técnico alvinegro
Paulo Galvão - Estado de Minas
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:11/05/2013 08:19
Atualização:11/05/2013 10:50
Adversários na final do Campeonato Mineiro, os técnicos Cuca, do Atlético, e Marcelo Oliveira, do Cruzeiro, têm trajetórias nos gramados de Minas marcadas por uma coleção de coincidências. Ambos já estiveram em lados opostos. Ambos apontam a dedicação e entrega ao trabalho como forma para conquistar a torcida antes adversária. Enquanto o primeiro dirigiu a equipe celeste no vice-campeonato brasileiro de 2010 e na Copa Libertadores de 2011, o segundo – ídolo no Galo da segunda metade de 1970 – ficou quatro anos nas categorias de base do alvinegro e comandou os profissionais em 2008. Quando Galo e Raposa começarem amanhã, às 16h, no Independência, a decidir o título, seus comandantes travarão duelo à parte: qual deles será tricampeão estadual de forma consecutiva?
Paranaense de Curitiba, Cuca conquistou a terra das Alterosas e do pão de queijo. Em 2011, ele estava à frente do time celeste e foi campeão estadual com o grupo que tinha Fabrício, Roger e Montillo. No ano passado, ele repetiu a dose, só que pelo lado atleticano: ainda sem a batuta de Ronaldinho Gaúcho, o treinador levantou o título de forma invicta. Curiosamente, o mineiro Marcelo Oliveira, nascido em Pedro Leopoldo, saiu de seu estado natal para ser bicampeão no Paraná, onde Cuca nasceu: com o emergente Coritiba, de Rafinha, Leo Gago e Éverton Ribeiro, levantou a taça nos últimos dois anos.
Cuca carrega o peso de jamais ter conquistado um título que fosse além dos limites estaduais em sua carreira à beira dos gramados, que já soma 15 anos. Além das duas taças em Minas, ele foi campeão carioca com o Flamengo em 2009, depois de perder duas decisões consecutivas para o Botafogo. Se o regional é visto por alguns como vitória de menor expressão, ele considera o tri fundamental, sobretudo para dar motivação extra aos jogadores, que tentam trilhar caminho de sucesso na Copa Libertadores, já classificados para as quartas de final. “Tenho uma vontade muito grande de levantar este título mineiro outra vez. O grupo tem essa obsessão. O Cruzeiro tem a vantagem de jogar por dois resultados iguais e, se quisermos sonhar com algo, somos obrigados a tirar essa vantagem”.
Durante a primeira fase, ele havia poupado vários titulares, já que o objetivo era passar de etapa na competição continental. Nas finais contra a Raposa, ele assegura que mesmo dedicado à Libertadores o time será o mais forte possível, com os atletas comprometidos, sem perder o foco: “Às vezes, o jogador fica relaxado porque não há o espírito de decisão presente. Mas quando ele tem isso na cabeça, a concentração torna-se outra. É isso que vai ocorrer na final do Mineiro. Os jogadores entram com outra postura e mais ligados”.

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