segunda-feira, 30 de junho de 2008

Sem protagonista (30/06)
Catarinenses e mineiros mostram por que são apontados apenas como figurantes na competição, com futebol burocrático e sem imaginação
Em partida burocrática, entre prováveis figurantes do Brasileiro, Figueirense e Atlético, ao empatar por 1 a 1, ontem à tarde, no Orlando Scarpelli, mostraram-se semelhantes na falta de imaginação e na dependência de lances esporádicos para chegar ao gol.
Aos mineiros, ainda em busca da primeira vitória fora de casa, faltou força no meio-campo e no ataque, independentemente de quem entra jogando e de quem sai do banco para tentar melhorar a situação. Os catarinenses, também limitados, criaram um pouco mais, porém sem traduzir isso em resultado melhor.
Quanto ao Galo, o que esperar de um time sem criatividade, com os homens de armação presos e desprovido de inspiração? Petkovic, que deveria ser o cérebro, só apareceu no gol de falta que marcou. Como o adversário também dependia de um chute de fora da área ou de um contra-ataque, não era de se esperar um grande jogo mesmo. Uma finalização aqui, outra ali, o tempo foi passando sem emoção para os torcedores.
A alegria dos catarinenses era manifestada toda vez que César Prates, que trocou o Figueirense pelo Galo, tocava na bola. Era sistematicamente vaiado. Mas justamente ele proporcionou um dos melhores lances dos visitantes. Ao receber um passe na intermediária, viu o goleiro Wilson adiantado e mandou uma bomba no travessão. Antes, Danilinho, em bela tabela com Amaral, escalado em cima da hora no lugar do contundido Coelho, dominar, na área, driblara um zagueiro e chutara rente à trave, com Wilson já batido.
O Figueirense, de técnico novo, Paulo César Gusmão, apostava no contragolpe. E assim abriu o marcador. Cleiton Xavier fez cruzamento perfeito para Marquinhos, que subiu livre e acertou bela cabeçada, sem chances para Édson. Márcio Araújo ficou parado no lance. O Atlético não teve poder de reação nos minutos finais do primeiro tempo.
IGUALDADE Na segunda etapa, o gol de Petkovic foi o destaque. Ao seu estilo, o sérvio cobrou com perfeição falta sofrida por Marinho. A torcida atleticana se animou, esperando a reação. Mas ficou nisso. O próprio armador não estava em tarde inspirada, e o ataque se manteve inofensivo, principalmente com o reforço da marcação sobre Danilinho.
O Figueirense ainda construiu algumas jogadas perigosas, mas esbarrou nas ótimas defesas do goleiro Édson, seguro e tranqüilo. No finalzinho, ele salvou o time de mais uma derrota, com duas intervenções praticamente à queima-roupa. O Galo repetiu os erros de jogos anteriores e voltou a dar a seu fiel torcedor a certeza de que não irá longe.

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