domingo, 18 de outubro de 2015

Em parceria com Atlético, BWA consulta América e busca investidor para ampliar Independência Concessionária projeta ter capacidade maior para a Copa Libertadores de 2016 postado em 22/09/2015 16:06 / atualizado em 22/09/2015 20:18 Luiz Martini /Superesportes Bruno Cantini/ Atlético Projeto visa o fechamento da "ferradura" do Independência; capacidade passaria para 32 mil torcedores O projeto de ampliação do Independência ganhou novos contornos nos últimos dias. A BWA, sócia na gestão do estádio, encerrou um estudo de viabilidade da obra e busca investidores para tentar pôr em prática o aumento da capacidade da arena para 32 mil torcedores, já para a edição de 2016 da Copa Libertadores. O Atlético tem grandes chances de participar da próxima disputa continental. Porém, tudo precisa passar pelo crivo do América, dono do terreno, que foi consultado informalmente por meio de um de seus mandatários. Em contato com o Superesportes, o presidente da BWA, Bruno Balsimelli, disse que há duas possibilidades para o projeto de ampliação. A "ferradura" seria fechada para atingir a capacidade desejada. “O Atlético nos pediu o aumento da capacidade do Independência. Fizemos o estudo em parceria com o clube, e o América foi comunicado pelo Alencar (da Silveira Júnior). Temos duas possibilidades de construção: uma de estrutura provisória, igual as que foram usadas em algumas arenas da Copa, e outra fixa. A intenção é ter a capacidade de 32 mil pessoas”, afirmou à reportagem. Bruno Cantini/Atlético Nepomuceno e Balsimelli em homenagem pelos 100 jogos do Galo no 'novo' Independência A BWA e a empresa francesa Lagardère Unlimited são sócias na gestão da arena. O braço da multinacional no Brasil é a Lu Arenas, e a companhia do exterior participa da administração de 55 arenas pelo mundo, entre estádios na Alemanha, França e Cingapura. Os palcos de jogos da Juventus e do Manchester City estão entre os clientes. Questionado sobre o custo da obra, Balsimelli não quis entrar em detalhes sobre os valores: “Posso dizer que o Atlético não custearia nada. Mas tudo depende do tipo de estrutura e do tempo de utilização. Pode variar de três, cinco e até sete anos". A reportagem tentou contato com o presidente Daniel Nepomuceno, mas não conseguiu conversar com o representante do Galo. América Internamente, o Coelho trata com certa resistência a ampliação do Independência. Segundo um conselheiro, a capacidade atual do estádio, de 23.018 torcedores, atende a equipe em seus jogos. Um dos administradores do clube, Marco Antônio Batista, conversou com a reportagem sobre o andamento do processo no América. “Há muito tempo falam disso, mas não há nada oficial. O assunto só pode ser decidido com propostas formais. O Alencar pode ter conversado, assim como qualquer outra pessoa, mas nada foi passado ainda. O proprietário é o primeiro a dar anuência em qualquer situação”, avaliou. Ao ser abordado sobre o assunto, principalmente em relação à parte financeira, Batista ponderou a respeito das possíveis vantagens para o América aceitar o projeto. “Toda proposta que causar alguma vantagem, deve ser estudada. O benefício tem que ser grande para ser estudado e chegar ao conselho. Fora isso, não vejo chance nem para discutir. O que melhorar o nosso patrimônio e gerar renda, será discutido”, completou. O conselho deliberativo do Coelho conta com mais de 150 pessoas. No caso de o projeto de ampliação do Independência entrar em votação, ele precisa ser aprovado pela maioria presente no pleito. Mais tarde, depois de acompanhar a repercussão da possível obra, um dos presidentes do América, Paulo Lasmar, enviou uma mensagem aos setoristas do clube pelo aplicativo WhatsApp. Ele descartou os direitos da BWA de propor a ampliação, amparado por garantias no contrato entre as partes. "A BWA não tem mais direito de construir nada no Independência. Pelo contrato assinado, a BWA deveria ter apresentado em dois anos um projeto para ser aprovado pelo América. Como não apresentou nada neste prazo, caducou o seu direito. Hoje, pelo contrato, o direito de edificar qualquer projeto na área atrás do gol dos vestiário é exclusivo do América e do estado de Minas Gerais. Assim sendo, as notícias que estão sendo veiculadas na mídia a esse respeito são inverídicas, mero balão de ensaio de quem não possui mais direito algum", escreveu. Colaborou Rafael Arruda

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