quarta-feira, 2 de novembro de 2016

40 anos de espera: Marcelo Oliveira elimina o Inter e se 'vinga' por eliminação no Brasileiro Frederico Ribeiro fmachado@hojeemdia.com.br 02/11/2016 - 23h53 - Atualizado 01h22 Dadá Maravilha, vestido de colorado, lança Escurinho no centro da área atleticana. O relógio marca 45 minutos do segundo tempo. O placar, 1 a 1 no Beira-Rio e indício de prorrogação. Escurinho escora a bola recebida de cabeça para Falcão. Ambos produzem uma tabela imarcavél pelo alto que culmina na eliminação do Galo. A cena ficou imortalizada e martela a cabeça de Marcelo Oliveira há 40 anos. Mas aquela semifinal do Brasileirão de 1976 poderá ser enterrada pelo ex-camisa 10 e atual treinador do Atlético. Marcelo, então com 21 anos e uma das grandes promessas do futebol brasileiro, deu o troco no time gaúcho nesta quarta-feira (2), pela semifinal da Copa do Brasil, no Independência. O time alvinegro empatou por 2 a 2, somando um placar agregado de 4 a 3. Agora, irá encarar o Grêmio na decisão. Para o técnico, há uma satisfação pessoal nesta classificação. Ele iguala a Luiz Felipe Scolari como o treinador de mais finais de Copa do Brasil. São cinco decisões no currículo de Marcelo, tudo isso nas últimas seis edições disputadas. Há quatro décadas, porém, o sentimento era de amargura. Em 1976, a frustração de perder para o Internacional seria a primeira. Naquele ano, com a chegada de Barbatana para o comando técnico do time, a joia de Pedro Leopoldo cairia de produção e começaria a frequentar o banco de reservas. Acabou participando do jogo derradeiro em Porto Alegre. O bicampeonato nacional voltaria a escapar para o Atlético em 1978, na final contra o São Paulo valendo ainda o Brasileirão de 1977. Naquela derrota nos pênaltis no Mineirão, o atleta era titular absoluto, dono da camisa 10 e sonhando com a convocação para a Copa do Mundo de 1978, que não veio. Agora, Marcelo finalmente poderá ganhar o tão sonhado título nacional pelo clube do coração.

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