terça-feira, 22 de novembro de 2016

Atlético x Grêmio: Mais que a taça, título da Copa do Brasil tem vários significados para técnicos Henrique André e Alexandre Simões esportes@hojeemdia.com.br 22/11/2016 - 06h00 Donos de características diferentes nos tempos de jogadores e também agora, como treinadores, mas com o fato comum de serem crias dos clubes que dirigem, Marcelo Oliveira e Renato Gaúcho integram a lista dos personagens principais da decisão da Copa do Brasil entre Atlético e Grêmio, que fazem o jogo de ida amanhã, às 21h45, no Mineirão. E motivos não faltam, além dos óbvios, para ambos desejarem muito a taça, numa história que tem ligação até com os tempos de jogador dos dois. Vítima de uma grande pressão, pois o desempenho do Galo na Série A foi abaixo do esperado, por causa do grande investimento feito pela diretoria no elenco, Marcelo Oliveira tem dois motivos a mais para desejar muito a Copa do Brasil de 2016. Como jogador, viveu a maior decepção da história atleticana, a perda do título brasileiro de 1977, de forma invicta, para o São Paulo, dentro do Mineirão, nos pênaltis. Por isso, ganhar uma competição nacional comandando o Atlético não deixará de ser uma espécie de recompensa. Recorde “É uma competição nacional difícil de chegar na final. Temos que estar com a energia toda concentrada nesse jogo, em casa, em todos os detalhes” (Marcelo Oliveira) Pessoalmente, há ainda uma marca significativa a ser alcançada por Marcelo. Campeão da Série A com o Cruzeiro, em 2013 e 2014, e da Copa do Brasil com o Palmeiras, em 2015, ele tem a chance de ganhar um título nacional pelo quarto ano seguido, algo que só um treinador alcançou no futebol brasileiro. Foi Lula, comandante do Santos no penta da Taça Brasil, entre 1961 e 1965. Atualmente, Marcelo tem ao seu lado, com três temporadas ganhando títulos nacionais, Rubens Minelli, com os Brasileiros de 1975 e 1976, pelo Internacional, e 1977, pelo São Paulo; e Muricy Ramalho, tricampeão da Série A com o São Paulo, em 2006, 2007 e 2008. Debutante Que bom que estou perdendo o sono. Pior se tivesse com sono e fora da decisão. Passa um filme, o filme da torcida, do adversário, dos jogos, da viagem...” Renato Gaúcho Em 8 de maio, na final do Gauchão, após marcar o primeiro gol do título do Internacional, Eduardo Sacha pegou a bandeirinha de escanteio e dançou uma valsa. Logo veio a associação, não confirmada por ele, de que seria uma provocação pelos 15 anos sem que o Grêmio ganhe um grande título. Renato Gaúcho carrega essa pressão nas costas e chegou ao clube, em 19 de setembro, para substituir Roger Machado, decretando a Copa do Brasil como prioridade. Para isso, ele abriu mão de brigar pelo menos por G-3 no Brasileirão. Se conseguir encerrar o jejum gremista, Renato Gaúcho se consolida ainda mais na história do clube. Como jogador, ele marcou os dois gols mais importantes do Grêmio, os da vitória por 2 a 1 sobre o Hamburgo, da Alemanha, no Japão, em 1983, na decisão do Mundial Interclubes. Só que no caso de Renato, mais até que para a sua história no Grêmio, mas para a sua pessoal, como treinador, vencer a Copa do Brasil de 2016 é fundamental, para que ele não seja vice, de novo, numa história que começa com o Vasco, em 2006, numa decisão de Copa do Brasil.

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