sábado, 26 de novembro de 2016

Gestão Nepomuceno é marcada por queda de técnicos após fracassos em campo Cristiano Martins csmartins@hojeemdia.com.br 26/11/2016 - 11h04 Se treinador vive de resultados, como afirma a máxima do futebol brasileiro, a gestão Daniel Nepomuceno tem levado a regra a cabo no Atlético. Determinado a encerrar o mandato com ao menos um título de expressão, o presidente alvinegro está ficando marcado pelas trocas de técnicos após os fracassos do time dentro de campo. A derrota por 3 a 1 para o Grêmio, no jogo de ida pela final da Copa do Brasil, custou o cargo a Marcelo Oliveira. Antes, no primeiro semestre, o uruguaio Diego Aguirre já havia caído logo após a eliminação nas quartas de final da Copa Libertadores, diante do São Paulo. E, no ano passado, quando o Galo perdeu a chance de ser campeão brasileiro, o mesmo acontecera com Levir Culpi. Agora, caberá ao gaúcho Diogo Giacomini, responsável pela equipe Sub-20 do Atlético, a responsabilidade de reverter a vantagem do Tricolor no confronto de volta da decisão, na próxima quarta-feira, às 21h45, em Porto Alegre. Assim, o título que provoca tanta ansiedade no dirigente pode vir pelas mãos de um interino. Considerando a outra passagem de Giacomini – também treinou o time principal após a demissão de Levir –, foram cinco comandos diferentes em um ano e onze meses. Ou seja, uma troca a cada 4,6 meses em média. Para efeito de comparação, a longevidade dos treinadores foi quase duas vezes maior na gestão anterior, durante os dois mandatos de Alexandre Kalil (entre agosto de 2008 e dezembro de 2014), com uma média de 8,3 meses. Muito em função da permanência de Cuca entre agosto de 2011 e dezembro de 2013. No período, oito técnicos passaram pelo clube (Marcelo Oliveira, Emerson Leão, Celso Roth, Vanderlei Luxemburgo, Dorival Júnior, Cuca, Paulo Autuori e Levir Culpi), além do interino Rogério Micale. Foco na decisão Aos 37 anos, Diogo Giacomini sabe que seria um exagero sonhar com a efetivação. Ainda assim, se sente qualificado e se espelha em Ney Franco para alcançar a taça e alavancar a carreira. “Tivemos esse exemplo. Ele foi contratado pelo Flamengo (em 2006), jogou somente a final da Copa do Brasil contra o Vasco e ganhou”, lembrou o interino. “Mas eu não estou pensando nisso no momento, e sim em manter o foco no que eu posso fazer, no trabalho de campo contra o Grêmio”, acrescentou. Além da final, Giacomini comandará o Galo nas rodadas finais do Brasileirão, contra São Paulo e Chapecoense. Diante do Tricolor, neste domingo, os titulares serão poupados. “Conheço os jogadores e acompanho o dia a dia do trabalho, então a ideia é que a gente consiga fazer ajustes e a equipe se apresente bem nesses jogos. O grupo ainda acredita, o clube acredita, e nós vamos buscar o título”, concluiu.

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