sexta-feira, 4 de novembro de 2016

ENTRE EXTREMOS Desequilíbrio entre defesa e ataque incomoda o Galo na reta final Clube mineiro vem se destacando pelo poder ofensivo, mas sofre com a defesa furada em muitas situações Jogadores do Atlético afirmam que marcação começa no ataque e todos devem se preocupar em recompor PUBLICADO EM 04/11/16 - 03h00 Lohanna Lima Especial para O Tempo As recentes apresentações do Atlético têm apontado sempre um duelo interno, com um sistema ofensivo efetivo e decisivo contra uma defesa que se atrapalha e acaba complicando os jogos. O problema já vem incomodando a equipe no Campeonato Brasileiro, no qual o Galo, mesmo brigando pelo título, figura entre os que têm a defesa mais vazada do torneio. Pela segunda vez em sua história, o Atlético chega à decisão da Copa do Brasil, mas não sem antes deixar o torcedor assustado com a quantidade de gols sofridos e com o fato de complicar classificações já encaminhadas. No Atlético, o discurso é que um bom sistema defensivo também começa pelo ataque, que deve marcar a saída de bola do adversário e se empenhar na hora de recompor. Mas, afinal, por que a equipe não consegue ter equilíbrio nos dois setores? As críticas quanto ao posicionamento ou à metodologia de Marcelo Oliveira são minimizadas por Luan, que reforça a tese de que o sucesso da defesa começa pelo ataque. “É difícil responder. Cada um analisa de uma maneira. Se a gente toma gol, é porque a equipe adversária tem qualidade para envolver nossa equipe. A marcação começa na frente, todos têm que ajudar. Faz parte tomar gols. Aí cabe ao treinador fazer essa análise”. Contra os três adversários que enfrentou até agora na Copa do Brasil, o Atlético teve dificuldade por não conseguir exercer uma marcação efetiva. Contra a Ponte, a equipe mineira deixou o adversário abrir 2 a 0 fora de casa. Em Caxias do Sul, perdeu por 1 a 0 para o Juventude e precisou contar com os milagres de Victor, nos pênaltis, para avançar. Já contra o Internacional, o Galo viu a equipe ficar atrás duas vezes no Horto, depois de boa vitória conquistada em Porto Alegre. Culpa da característica muito ofensiva da equipe? Para o lateral-esquerdo Fabio Santos, a defesa acaba pagando pelo estilo do elenco. “Acho que agora não há muito tempo para arrumar essa questão. Buscamos desde o início do campeonato esse equilíbrio, e não conseguimos. Com uma equipe tão ofensiva quanto a nossa, fica difícil a recomposição. Às vezes, um ou dois vão pagar, essa tem sido a grande dificuldade. A ofensividade é o DNA dessa equipe”, avalia. Renovação. O Atlético renovou o contrato do meia Thalis, 20, artilheiro da Copa do Brasil sub-20, com 5 gols. O novo vínculo vai até março de 2019. O Galo foi eliminado pelo Sport na semifinal do torneio. Números do Galo 10 gols sofreu o Atlético em seis partidas pela Copa do Brasil 11 gols marcou o time alvinegro na competição de mata-mata 42 gols sofreu o time no Brasileiro, a oitava pior defesa do torneio

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