quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Volta à elite Paixão que extrapola divisão Volta à elite. Massa dá show na Série B, quebra recorde de público de 2006 e recoloca o Galo na Série A PUBLICADO EM 27/11/15 - 04h00 Felipe Ribeiro /Fernando Almeida /Thiago Nogueira Houve muitos torcedores que, no momento da queda, afirmaram que jamais pisariam em um estádio para ver o Atlético na Segunda Divisão. Logicamente, alguns cumpriram com a palavra, mas o que se viu no geral foi um grande apoio da Massa, chegando ao ponto de bater o recorde de público do futebol brasileiro em 2006 no Mineirão e ainda ocupar o Independência ao mesmo tempo na festa do título. Assim como em 2013 a torcida idealizou o “Eu acredito”, naquela época também houve um mantra que era cantado a cada partida disputada na busca pelo acesso. O “Vamos subir, Galo” tomou conta dos estádios em que a camisa preta e branca esteve presente e arrastou os jogadores até o time subir, na vitória sobre o Coritiba fora de casa. Ali acabava um calvário, uma penitência para os alvinegros. Mas, por trás da comemoração, teve esforço e dificuldade na montagem do elenco inclusive durante a Série B. O time chegou a passar apertado, começou até mesmo a travar uma briga contra a queda para a Terceira Divisão, mas as coisas se acertaram depois da troca no comando. A saída de Lori Sandri para a entrada de Levir Culpi foi decisiva para se chegar ao acesso. “Era tão dramático que o Atlético só tinha 17 jogadores, e quase todos da base. Depois fui buscar o Levir, começou com o Lori. As coisas começaram a caminhar, e montamos o time campeão da Série B. Tiramos o Atlético, foi uma grande festa. Batemos os recordes de público das Série A e B. A torcida abraçou e acompanhou o time”, disse o diretor de futebol da época, Ziza Valadares, em entrevista concedida a O TEMPO. Foi formada uma mescla de jovens, como os goleiros Bruno e Diego Alves, o zagueiro Lima, o lateral-esquerdo Thiago Feltri, o volante Rafael Miranda e o atacante Eder Luis, e uma turma mais experiente, capitaneada pelo zagueiro Marcos, com o lateral-direito Luisinho Netto, o volante Bilu e os atacantes Marinho e Roni. Marcinho e Danilinho criavam as jogadas. O acesso foi um alívio para todos os atleticanos, que não conseguiam nem imaginar ficar mais um ano fora da da elite. Mas um torcedor em especial carregava o peso do rebaixamento nas costas e queria amenizar o dano causado à instituição. O ex-presidente Ricardo Guimarães tinha convicção de que devolveria o clube ao seu devido lugar. Eu acreditava e queria que o Atlético se recuperasse. Tinha convicção, apesar de não poder garantir. Já que tinha acontecido esse drama, esse desastre na nossa gestão, eu também queria entregar o Atlético, não exatamente como a gente imaginava, mas, no mínimo, de volta à Série A, para ele ter a sua caminhada e o sucesso a que, felizmente, as gestões seguintes, deram sequência e foram muito felizes” disse Guimarães a O TEMPO. Manutenção Olho em 2007. Após a conquista da Série B, a diretoria do Atlético começou a trabalhar para manter as peças mais importantes, já pensando no ano que começaria e na Série A. O time teve a sua base mantida, e Levir iniciou 2007 no comando. Túnel do O TEMPO 10 26/11/2006 A primeira página de O TEMPO trazia destaque para a grande festa da torcida do Atlético no dia em que recebeu a taça de campeão da Série B do Brasileiro. A seguir... Nos próximos dois dias, será a vez de mostrar os anos pós-Segunda Divisão: 2º capítulo Os sustos. Depois de subir, em quatro anos ainda houve risco de cair outra vez A reestruturação. A gestão iniciada com Kalil dá nova organização ao clube 3º capítulo A redenção. Após anos de plantio, o Galo colhe os frutos com grandes títulos Camisa 12 aposentada e Beth Carvalho A conquista da Série B do Campeonato Brasileiro foi marcada por uma série de eventos. O jogo em que o Atlético recebeu a taça de campeão foi em uma tarde cheia de atrativos para os torcedores no Mineirão, palco do duelo com o América-RN, e no Independência, onde um telão foi instalado para quem não teve ingresso para o confronto. Quem foi ao Gigante da Pampulha se deparou com um imenso bandeirão em formato de camisa com o número 12 e o nome “A Massa” estampados. Desde então, em homenagem à torcida, a numeração nunca mais foi usada. Além disso, a cantora Beth Carvalho fez um show com a música “Vou Festejar”, sempre entoada a plenos pulmões pelos alvinegros nos estádios.

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