quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Grana e prestígio na Flórida Organização quer aliar turismo com estrutura de qualidade para a preparação de times PUBLICADO EM 13/12/15 - 04h00 Thiago Nogueira e Fernando Almeida A pré-temporada do Atlético, em 2016, será um pouco diferente do comum. Os jogadores vão trocar parte dos dias de preparação na Cidade do Galo pela Flórida, nos Estados Unidos. Mas a participação na Florida Cup não se limita apenas à disputa de amistosos. A competição é parte de uma estratégia da diretoria para expandir a marca e faturar uma grana. As cifras não são reveladas, mas elas contemplam participação na renda dos jogos, pacotes turísticos e contratos publicitários e de transmissão de TV. “Normalmente, o clube faz uns amistosos menores, e para onde isso leva? Nosso objetivo é criar o melhor torneio de preparação do mundo”, revela o presidente da 2SV Sports, que organiza a competição, Ricardo Silveira. Além dos atuais campeão e vice do Campeonato Brasileiro, o torneio terá ainda a participação de Internacional, Fluminense, Santa Fe-COL, Schalke 04-ALE, Bayer Leverkusen-ALE e Fort Lauderdale Strikers-EUA. Todos vão treinar em estruturas de boa qualidade e em condições climáticas favoráveis. O Estado americano da Flórida abriga o famoso parque de diversões Walt Disney World, em Orlando. Mas o Galo não vai jogar na terra do Mickey Mouse. O primeiro jogo, contra o Schalke, acontece em Fort Lauderdale (a cerca de 340 km de Orlando), dia 13 de janeiro. A segunda partida, contra o Corinthians, dia 17, será em Boca Raton (a cerca de 310 km de Orlando). A organização do torneio, no entanto, preparou pacotes específicos em parceria com a agência Stella Barros. O Atlético também está oferecendo um programa de acampamento de férias para garotos entre 12 e 17 anos, em parceria com a True Experience. Minientrevista - Ricardo Silveira - Presidente 2SV Sports Quais os critérios para a escolha dos times? Acabamos fechando um contrato com a Disney Sports por cinco anos. Com esse apoio e com o sucesso deste ano, vimos que existia espaço para um torneio maior. Tivemos uma procura grande de torcedores do Internacional e do Atlético que moram na Flórida. Então, focamos em trazê-los. Também tivemos uma relação legal com o Daniel (Nepomuceno, presidente), a Adriana Branco (diretora executiva) e o João Gomide, que entrou no comercial, para expor a marca Atlético nos EUA, que está crescendo no futebol. Tínhamos o Corinthians, e o Fluminense é nosso parceiro nosso há muito tempo. Qual a expectativa para os jogos do Atlético? Estamos alinhados. O Atlético vai ter dois jogos interessantes (Schalke 04 e Corinthians). Conversei com o Edu Gaspar (gerente de futebol do Corinthians), e ele entende essa necessidade de expor jogos competitivos na pré-temporada. Normalmente, o clube faz uns amistosos menores, e para onde isso leva? Nosso objetivo é criar o melhor torneio de preparação do mundo, em janeiro, na Flórida. Marketing, futebol, qualidade dentro e fora de campo: queremos isso. Evoluir sempre. Essa preparação influencia o ano inteiro. Como foi essa participação da torcida do Atlético no torneio? Na edição de 2015 teve uma procura boa da torcida do Atlético para os jogos de brasileiros. É um cliente em potencial muito bom. O atleticano é torcedor de verdade, apaixonado por futebol. Eles vão até onde precisar. Tem a questão de turismo, que alinha isso de família, o Atlético e o passeio em Orlando. Acredito muito na torcida do Atlético e sei que o clube vai se sentir tranquilo em todas as partes aqui. Como pensa em evoluir para 2017? A ideia é manter o Atlético? A gente é leal com quem está sendo parceiro. O Atlético é importante para a gente. Se eles continuarem satisfeitos e dando certo para todos, estão garantidos para 2017. Do Brasil, vão ser sempre quatro clubes. Isso é certeza. Até para ter um intercâmbio entre os clubes. Qual a dificuldade de trazer gigantes europeus, como Real Madrid, Barcelona, Bayern de Munique? A gente quer fazer algo contínuo para o clube. Não adianta pensar hoje ou daqui a dez anos. O Bayern de Munique veio saber do torneio. Já estamos chamando atenção desse tipo de time. O Barcelona já tem uma marca forte nos EUA, por exemplo. É isso que queremos com os clubes brasileiros, atingir os EUA. É um mercado que está sedento por coisas novas. Qual a importância de ter o campeão e o vice brasileiros no torneio? Podemos fazer uma nova final nos EUA (risos). São dois clubes que vão estar na Libertadores também, então, a mídia estará em cima. A passagem do Corinthians no torneio deste ano foi bem válida. Eles estão superfelizes com todo o desempenho. Espero que o Atlético também tire um bom proveito. O Ronaldinho vai atuar pelo Fluminense? Não obrigamos nenhum clube a levar o Ronaldinho para nosso torneio. O elenco de cada clube e, principalmente, a marca já ajudam a trazer visibilidade e importância. Mas, é claro que se o Ronaldinho Gaúcho viesse ia ser ótimo. Ele é um jogador que atrai multidões.

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