quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Minientrevista Ricardo Guimarães Ex-presidente do Atlético (2001-2006) PUBLICADO EM 27/11/15 - 04h00 As questões extracampo daquele período acabaram se refletindo no campo? Foi um período de situação financeira bem difícil. Apesar de não ter tanto tempo assim, os valores que os clubes recebiam de receitas eram infinitamente menores aos de hoje. O Atlético vinha, historicamente, em um nível de endividamento e de dificuldade muito grande, e a gente estava tentando fazer o melhor. Mas conseguimos duas coisas importantes. Uma foi a estruturação melhor do CT, e a outra foi o endividamento. Não conseguimos acabar com o endividamento, mas conseguimos dar uma equacionada. O que, então, provocou o rebaixamento? É difícil determinar. Se a gente soubesse, teria evitado. O Atlético vinha de boas campanhas nos anos anteriores (com exceção de 2004). Mas, dentro de campo, por algum motivo, talvez pela própria dificuldade financeira, os resultados não apareceram. Teve greve de jogadores, salários atrasados, mas a gente tentou formar um time competitivo. O que mudou para 2006? Houve uma união do grupo, dos jogadores, da torcida, que prestigiou bastante, nos deu muita força. Nós, dirigentes, conseguimos fazer um trabalho. A partir daí, graças a Deus, o Atlético teve muito sucesso. Claro, depois disso, enfrentou momentos de dificuldade, mas obteve sucesso depois dessas experiências negativas. Hoje, nas ruas, como é a sua relação com o torcedor? Sou muito grato ao torcedor do Atlético. É o torcedor que mais incentiva no mundo, que dá apoio, que é fanático, que vibra, que tem emoção e paixão. Eu nunca tive problema com torcedores na rua. Nunca teve uma abordagem desagradável, a não ser uma vez, sendo franco, logo depois que o time caiu, quando fui dar uma entrevista numa rádio. Teve um grupinho de torcedores que ficou esperando para fazer uma abordagem negativa na época.

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