terça-feira, 12 de junho de 2012

Eles também querem brilhar Sem a mesma badalação de Ronaldinho Gaúcho, recém-contratados Jô e Júnior César ocupam lacunas importantes no time do Galo e começam a se firmar como titulares de Cuca Roger Dias - Estado de Minas Publicação:12/06/2012 07:00 A chegada de Ronaldinho Gaúcho chega a ser unanimidade entre os torcedores do Atlético neste início promissor do Campeonato Brasileiro, mas outros reforços menos cotados também começam a ocupar o coração da massa pelas boas atuações com a camisa alvinegra: o lateral-esquerdo Júnior César e o atacante Jô. Renegados em seus ex-clubes, eles querem esquecer o passado e curtir a fase positiva na competição nacional na esteira do bom momento do time – o Galo venceu três dos quatro jogos e ocupa a vice-liderança, atrás do Vasco. Fazer de Belo Horizonte a casa perfeita é a pretensão da dupla, que chegou ao Galo no mês passado disposta a recuperar o bom futebol. Júnior César estava sem espaço no Flamengo e foi emprestado ao time alvinegro para tentar a sorte e ser o atleta que o treinador Cuca tanto procurava para escalar na esquerda – o volante Richarlyson foi improvisado em toda a campanha do título estadual, mas sofreu com as profundas críticas da torcida. Titular no empate com o Bahia (1 a 1), no Independência, e na vitória sobre o Palmeiras (1 a 0), em São Paulo, o jogador de 30 anos tenta se ambientar rapidamente ao novo clube para render o máximo dentro das quatro linhas: “As coisas estão ocorrendo positivamente no Atlético. Com a sequência de resultados positivos, a tendência é manter um ambiente saudável. Estou satisfeito pelo que fiz nesses jogos, mas quero produzir muito mais”. Sua estreia foi no segundo tempo da vitória sobre o Corinthians por 1 a 0, em casa. O atacante Jô, por sua vez, acabou ofuscado pela vinda de Ronaldinho Gaúcho, mas nem por isso se sente menos importante no grupo. Ele balançou as redes nas duas partidas que entrou, contra o Bahia e o Palmeiras, e se firmou como candidato à altura para substituir André, artilheiro do Galo no Campeonato Mineiro, entregue ao departamento médico. Com o aval de Cuca, apostou na vinda para Minas na tentativa de driblar os problemas extracampo que abalaram sua relação com o técnico Dorival Júnior no Internacional. No mês passado, ele foi afastado do grupo por deixar a concentração colorada às vésperas do duelo contra o Fluminense, pela Copa Libertadores. Liberado, acertou com o Atlético. Jô sabe que as cobranças serão enormes, mas garante estar “vacinado” e disposto a contribuir ao máximo para que o time mineiro faça bom papel na competição nacional. Sua motivação aumentou muito depois do gol da vitória sobre o Palmeiras. “É um bom começo, pois ajudei a garantir três pontos para o Atlético. Mas o importante é trabalhar sério para manter o rendimento e contribuir ainda mais para que fiquemos à frente dos concorrentes”, diz o atacante. Quando se profissionalizou no Corinthians em 2002, Jô declarou ser um jogador de velocidade, destacando-se mais pelas assistências do que pelos gols. Com o tempo, ganhou força e presença de área e agora se considera um autêntico camisa 9. A experiência no futebol internacional – jogou pelo CSKA Moscou, Everton (Inglaterra) e Galatasaray (Turquia) – o ajudou a ganhar a experiência que faltava para ser protagonista e em condições de brilhar. “Cheguei ao Atlético para ajudá-lo a conquistar títulos. O time está mostrando determinação e garra, faltando somente alguns detalhes para acertar. Estamos no caminho certo.” SUSPENSÃO Depois de folgar domingo e ontem, o grupo se reapresenta hoje à tarde na Cidade do Galo, começando os preparativos para a partida diante do São Paulo, domingo, às 16h, no Morumbi. O lateral-direito Marcos Rocha levou o terceiro amarelo diante do Palmeiras e cumpre suspensão automática. Por outro lado, Cuca aguarda a avaliação dos médicos para saber se poderá contar novamente com os atacantes André e Guilherme.

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