domingo, 23 de dezembro de 2018

Galo paga caro por austeridade na temporada 2018 Ajuste nas contas fez a equipe fracassar em campo e vaga na Libertadores pode salvar o ano do alvinegro Bruno Trindade 25/10/18 - 07h00 A política de reduzir custos em 2018, com uma folha salarial mais enxuta e poucos investimentos, trouxe pouco retorno para o Atlético dentro de campo. O time perdeu o Mineiro para o maior rival, foi eliminado precocemente na Copa do Brasil e na Sul-Americana e não conseguiu fôlego para manter-se na briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Sem alcançar nenhum objetivo traçado para esta temporada até o momento, o Galo resolveu mudar o comando técnico e tentar salvar a única possibilidade que lhe resta para não ter um ano completamente perdido: garantir a vaga na Libertadores de 2019. A ausência no maior torneio continental seria muito ruim, em todos os aspectos. Muitos jogadores destacam a disputa do torneio como um dos motivos para escolher onde jogar. Os cofres alvinegros também sofreriam. Em 2017, por exemplo, quando chegou às oitavas de final da competição, o Galo arrecadou R$ 12,4 milhões, somando participação e bilheteria. Valor que não esteve presente nas contas deste ano. E tem sido muito difícil explicar essa readequação financeira para a torcida. Dois protestos já foram realizados na sede e um terceiro está programado na porta da Cidade do Galo, no próximo sábado. Os alvos são o presidente, Sérgio Sette Câmara, o diretor de futebol, Alexandre Gallo, e o elenco alvinegro. Diferentemente dos últimos anos, o Atlético mudou o seu perfil de contratações em 2018. Sem buscar grandes estrelas como nas últimas temporada, o alvinegro reduziu a sua folha salarial em 17% em relação a 2017. Dos 18 reforços contratados, o clube gastou apenas com um: o colombiano Yimmi Chará. “O único que nós gastamos dinheiro foi o Chará. Os outros jogadores foram apostas, e claro que, nestas condições de dificuldades financeiras, muitas vezes, a gente tem boas respostas e outras não tão boas assim”, disse Sette Câmara na apresentação do técnico Levir Culpi. Vendas A diretoria atleticana conseguiu boas quantias com a venda de atletas neste ano. Róger Guedes, que pertencia ao Palmeiras, rendeu R$ 11,2 milhões, Bremer foi vendido por R$ 18 milhões e Otero saiu por R$ 21,5 milhões. Mesmo assim, isso não foi suficiente para trazer um alívio econômico e os salários dos jogadores, referentes a outubro, atrasaram. O clube afirma que os valores serão acertados nos próximos dias.

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