terça-feira, 23 de julho de 2013

COPA LIBERTADORES


Técnico Emerson Leão comandou Atlético em três oportunidades: 1997, 2007 e 2009
Campeão da Conmebol, Leão confia em título inédito do Atlético na Libertadores
Ex-técnico do Galo destaca investimento de Alexandre Kalil no clube e compara time atual com elenco que comandou na conquista da extinta Copa Conmebol, em 1997
Gazeta Press
Publicação:23/07/2013 09:15
Atualização:23/07/2013 09:11
O técnico Emerson Leão dá risada ao comparar o atual time do Atlético ao elenco que comandou na conquista da Copa Conmebol de 1997. Último treinador a levar o Galo a um título internacional relevante, ele reconhece a superioridade do plantel de 2013 do clube mineiro e, até por isso, acredita no título da Copa Libertadores da América contra o Olimpia.
“O Atlético nunca teve tanta chance de ser campeão de um torneio como agora, seja internacional ou nacional. Desde a ascensão à presidência, o (Alexandre) Kalil vem contratando e gastando um dinheiro grande para conseguir título no Galo. Ele já chegou perto e não conseguiu, mas esta é a vez em que está mais próximo e tem tudo para conseguir”, afirmou o treinador, em entrevista à Gazeta.
Leão até minimiza a derrota em Assunção no primeiro jogo. “Não foi o ideal perder por 2 a 0, mas tem capacidade para passar”, avaliou. A fase do Atlético com alto investimento contrasta com a equipe dirigida pelo ex-goleiro na conquista da Copa Conmebol. “Era um time esforçadíssimo, sem grandes estrelas e com pouco dinheiro, mas deu conta do recado”, afirmou, que riu ao ser perguntado se aquela época era muito distinta da atual. “E como (tem diferença). Mas o time de agora precisa confirmar”.
A decisão do torneio de 1997, contra o Lanús, ficou marcada por uma tremenda briga no primeiro jogo, vencido pelo Atlético por 4 a 1. Assim que o árbitro apitou o fim da partida, na Argentina, os jogadores do time local partiram para as agressões contra os brasileiros, que ficaram encurralados perto do alambrado e também apanharam de torcedores.
Leão sofreu uma fratura no rosto naquela confusão, mas o Galo confirmou o título no segundo jogo, que terminou com o empate por 1 a 1 no Mineirão. Apesar de aquela conquista ter sido obtida no maior estádio de Belo Horizonte, os atleticanos não queriam utilizar o mesmo local na decisão desta Libertadores, pois se acostumaram com o Independência.
Diante da imposição da Conmebol pelo Mineirão, Leão considera uma bobagem a preferência dos mandantes pelo outro campo. “O Independência nunca existiu antes para o Atlético. Os títulos que ganhou foram sempre no Mineirão, onde cabe mais gente para torcer e incentivar. Podem jogar tranquilos e deixem a superstição de lado, porque o que vale é a capacidade”.
Mesmo com a vantagem obtida pelo Olimpia no primeiro jogo, Leão não teme que os paraguaios imitem o Lanús e usem a violência na tentativa de desestabilizar o Galo no Mineirão. O treinador exibiu até certa impaciência para advertir que os brasileiros não podem se preocupar tanto com a provocação de adversários de outros países.
“O Lanús tinha levado quatro gols, porque capacidade é capacidade. Não tem de entrar pensando em catimba, seja de africano, uruguaio, paraguaio ou chileno. Tem de pensar em futebol e fazer acontecer”, opinou. A grande aposta de Leão na equipe atleticana é Diego Tardelli, com quem trabalhou no São Paulo e foi campeão do Paulistão em 2005.
Na época, o atacante era mais criticado pela personalidade polêmica do que elogiado pelos gols, mas o técnico bancou o atleta e o vê hoje brilhar no Galo. “Ele tem sido fundamental. Todo mundo fala de um ou outro, mas o raciocínio do Tardelli continua sendo um negócio muito bom. Não só faz gols, mas também oferece para os outros marcarem”, completou.
Depois da Copa Conmebol de 1997, o Atlético ainda venceu torneios internacionais desconhecidos, como a Copa Millenium e a Copa Três Continentes, mas tem nesta quarta-feira, às 21h50, a chance de conquistar seu troféu mais importante em competições envolvendo outros países.

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