terça-feira, 16 de julho de 2013

16/07/2013 20h32 - Atualizado em 16/07/2013 21h04

Cuca diz que final no Mineirão vai premiar torcedores: ‘Três vezes mais’
Técnico evita lamentar decisão da Conmebol, que tira partida da próxima semana do Independência, e explica treino no campo do Luqueño
Por Alexandre Lozetti e Fernando Martins y Miguel
Assunção, Paraguai
A Conmebol confirmou, nesta terça-feira, que o Horto, um dos principais aliados do Atlético-MG na campanha da Libertadores, não poderá mesmo ser usado na final contra o Olimpia, na próxima quarta. Em vez de lamentar a ausência do estádio, Cuca preferiu enaltecer a torcida. Em vez dos 23 mil, capacidade do Independência, o Mineirão vai receber cerca de 63 mil fanáticos. Gritos mais altos para os finalistas.
- Não teremos 23 mil pessoas que geralmente fazem a diferença, mas vamos ter três vezes mais. Isso vai premiar muitos torcedores que queriam ir, e não podiam. Para isso vamos medir forças com o Olimpia, que mereceu chegar à final. Vamos fazer a segunda parte em casa, como tem sido.
O desempenho do Galo no Independência fez com que a torcida espalhasse cada vez mais o bordão “caiu no Horto, tá morto”. Foram cinco vitórias e um empate. Somente o Tijuana conseguiu arrancar um ponto, e só não ganhou porque Victor defendeu pênalti no último lance.
O regulamento da Libertadores determina que os jogos finais sejam disputados em estádios com capacidade mínima de 40 mil pessoas. O Defensores del Chaco se enquadra em situação semelhante à do Pacaembu, usado nos dois últimos anos. Oficialmente há espaço suficiente, mas o Olimpia não colocou a carga total à venda.
O Defensores, por sinal, também se tornou um problema para o Atlético na véspera do primeiro jogo. Como a equipe paraguaia disse que o reconhecimento só poderia ser feito se os jogadores não utilizassem chuteiras, para não danificarem o gramado, Cuca abriu mão e fez seu último treino no campo do Sportivo Luqueño.
Bem humorado, o técnico disse que prefere chegar mais cedo ao estádio no dia do jogo. Cuca disse, ainda, que não poderia abrir mão do contato com a bola na atividade da véspera da final.
- Não são coisas que possam comprometer. Para ir ao estádio de tênis, e não poder bater bola, se for para admirar, nós vamos mais cedo amanhã. Hoje eu precisava treinar. Poderia ser mais reservado, mas o calor humano compensa - disse o comandante, que também viu frustrado seu plano de fechar os primeiros 40 minutos do trabalho.

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