Clássico da primeira fase e sua relação com o título mineiro: conheça os 14 capítulos dessa história Alexandre Simões asimoes@hojeemdia.com.br 03/03/2018 - 13h44 Compartilhe Quem ri primeiro quase nunca ri por último. A adaptação do ditado popular exemplifica bem o que é o clássico da primeira fase do Campeonato Mineiro entre Atlético e Cruzeiro nas últimas 14 temporadas, quando a fórmula de disputa de turno único, com oito ou quatro equipes se classificando para os mata-matas da competição, passou a ser adotada. Desde 2004, apenas duas vezes (2007 e 2009) o vencedor deste confronto levantou a taça. E a hegemonia dos dois no Estadual no período é grande, pois dois 14 títulos, eles ficaram com 12, sendo seis para cada lado. O Cruzeiro levantou a taça em 2004, 2006, 2008, 2009, 2011 e 2014. O Atlético, em 2007, 2010, 2012, 2013,2015 e 2017. FORA DA FINAL E quando o Mineiro teve um campeão que não foi um dos dois, quem venceu o clássico da primeira fase nem finalista do Estadual foi. Em 2005, o Atlético fez 2 a 0 no Cruzeiro, em 20 de fevereiro, mas ficou de fora da decisão, que foi vencida pelo Ipatinga sobre a Raposa. Em 2016, no último clássico pela primeira fase do Campeonato Mineiro no Horto, o Cruzeiro fez 1 a 0, gol de Rafael Silva, mas a equipe na época comandada por Deivid não chegou à final, que teve o América levantando a taça em cima do Atlético. Os únicos campeões a vencerem o clássico da primeira fase do Estadual foram o Atlético, em 2007, e o Cruzeiro, em 2009. Depois disso, vemos uma supremacia cruzeirense nos clássicos da fase classificatória, com quatro vitórias contra apenas uma do rival, mas em compensação, o Galo levantou mais que o dobro de taças: 5 (2010, 2012, 2013, 2015 e 2017) a 2 (2011 e 2014). HISTÓRICO Pode parecer um jogo sem importância, pois os dois sempre garantiram presença na fase final do Campeonato Mineiro desde que a fórmula atual é adotada. Além disso, no confronto deste ano o time de Mano Menezes praticamente não briga por nada, pois já tem o primeiro lugar geral praticamente garantido. Mas o clima de amistoso sempre passou longe dos clássicos entre Atlético e Cruzeiro, pela primeira fase do Estadual. E o 15º capítulo desta história será escrito neste domingo domingo (4), às 11h, no Independência. O primeiro foi em 2004, no confronto entre os dois rivais logo após a Tríplice Coroa cruzeirense. Apesar da glória recente, o Cruzeiro vivia uma crise, pois o técnico Vanderlei Luxemburgo tinha sido demitido quatro dias antes, dando lugar a PC Gusmão. E o Galo venceu por 5 a 3. No ano seguinte, apesar de disputado num sábado à tarde, o clássico da primeira fase teve 60.778 pagantes. Mas foi em 2006 que o confronto teve um ingrediente amargo para os atleticanos, pois o time disputaria a Série B. De toda forma, arrancou um empate por 1 a 1. Em 2010, o meia Roger estreou no confronto, marcou um golaço de fora da área, vencendo o goleiro uruguaio Carini, e comemorou tomando a cabeça do Raposão diante da torcida cruzeirense, numa cena muito badalada até hoje. MAQUIAGEM O Mineirão deixou de receber o clássico da primeira fase pela primeira vez em 2011, quando a Arena do Jacaré recebeu apenas cruzeirenses, que viram a vitória atleticana por 4 a 3 e uma comemoração polêmica de Diego Tardelli, que simulou estar passando maquiagem no rosto. Em 2012, o primeiro encontro após os 6 a 1 da última rodada do Brasileirão de 2011 foi novamente infeliz para os alvinegros, que abriram 2 a 0 no placar, mas acabaram cedendo o empate. Em 2013, o clássico da primeira fase reinaugurou o Mineirão. No novo Independência, o Atlético nunca venceu o clássico da primeira fase. Em 2014, os dois times empataram sem gols. Em 2016, aconteceu a vitória cruzeirense por 1 a 0. Além disso, o Galo não saiu vencedor nos últimos seis confrontos da primeira fase do Estadual, com três vitórias cruzeirenses e três empates. Vejamos que lugar nessa história guardará o clássico de 2018. Uma certeza é que emoção não vai faltar. Nem empolgação dos dois lados, pois os ingressos estão praticamente esgotados e o Horto viverá um dia de casa cheia.