quarta-feira, 28 de março de 2018

Clássico no Mineirão rende quase 2,5 vezes mais ao mandante em comparação com o Independência Alexandre Simões asimoes@hojeemdia.com.br 28/03/2018 - 12h58 - Atualizado 15h50 A opção pelos clássicos com seu mando disputados no Estádio Independência fez com que o Atlético deixasse de arrecadar quase R$ 750 mil a mais por partida contra o Cruzeiro. Isso é o que mostra um levantamento de público e renda dos confrontos entre os dois rivais entre 2013, quando foi reinaugurado o Mineirão, e o jogo pela fase classificatória do Campeonato Mineiro deste ano. Na última terça-feira (27), o presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, revelou que numa conversa com o mandatário atleticano, Sérgio Sette Câmara, os dois acertaram que a partir do Campeonato Brasileiro deste ano, os clássicos entre os dois clubes serão disputados no Mineirão, com as duas torcidas dividindo o estádio, o que resgata uma tradição de mais de meio século do futebol mineiro, que tinha sido abandonada com a opção atleticana de jogar suas partidas no Independência. A comparação dos números dos clássicos a partir de 2013, mostra uma enorme diferença a favor do Cruzeiro em todos os aspectos, principalmente no mais importante deles, que é a arrecadação líquida. Num momento em que o Atlético passa por um processo de readequação financeira, usar o Gigante da Pampulha contra o maior rival, pela média, pode significar até R$ 2 milhões líquidos a mais num ano em que mandar três confrontos contra a Raposa, como acontecerá agora em 2018, sendo que podem ser até quatro jogos, caso eles se enfrentem pela Copa do Brasil. LUCRO Nos 14 jogos no Mineirão, a partir de 2013, o Cruzeiro arrecadou líquido quase R$ 18,5 milhões, isso já descontando o valor de despesas dos jogos que não foi repassado pelo clube à administradora do estádio em 12 desses 14 clássicos. Com base nos números dessas partidas, a média de despesas de um jogo entre Cruzeiro e Atlético, no Gigante da Pampulha, é de R$ 180 mil, lembrando que a Raposa, por contrato com o Mineirão, tem desconto de 30% no total dos gastos de seus jogos. Nos 12 clássicos em que foi mandante no Independência, a partir de 2013, o Atlético não lucrou nem R$ 7 milhões. Uma grande diferença é registrada também na renda bruta (R$ 31,6 milhões contra R$ 12,8 milhões) e no público pagante (582.287 a 208.120). Toda essa desproporção faz com que os clássicos com mando do Cruzeiro tenham 24.248 pagantes a mais, R$ 1.192.540,63 a mais de renda bruta e R$ 733.063,67 a mais de renda líquida, na média, sendo que esse último número já considera o desconto dos valores não repassados pelo clube ao Mineirão. Além disso, há outros dados que impressionam nessa comparação. Nos seus 14 clássicos como mandante, o Cruzeiro teve oito rendas líquidas acima de R$ 1 milhão. O Atlético, apenas uma. A menor arrecadação líquida do Cruzeiro nos clássicos (R$ 643.418,20) é maior que nove das 12 rendas líquidas do Atlético nos confrontos em que ele recebeu o rival no Independência. arte T

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