sexta-feira, 16 de setembro de 2016

15/09/2016 22h33 - Atualizado em 15/09/2016 22h33 Marcelo explica ausência de Robinho e cobra mais eficiência do ataque Treinador elogia o volume de jogo do Atlético-MG na vitória por 1 a 0 sobre o Sport, mas quer que isso seja convertido em chances reais de gol nos próximos jogos Por GloboEsporte.comBelo Horizonte A vitória magra do Atlético-MG sobre o Sport, na noite desta quinta-feira, por 1 a 0, no Independência (veja os lances no vídeo acima), refletiu bem aquilo que foi o jogo. O Galo teve o controle do jogo e maior posse de bola, mas as chances reais de gol foram poucas. Por isso, o time recebeu um puxão de orelha de seu comandante, Marcelo Oliveira, que festejou a vitória, explicou a ausência de Robinho, artilheiro da equipe, e ressaltou que o volume ofensivo criado pelo Atlético-MG precisa ser melhor aproveitado para que o time não sofra pressão desnecessária ou corra riscos de perder pontos importantes por falta de eficiência ofensiva. - Nesse jogo, tivemos ocasiões ofensivas, mas situações claras foram a do gol, uma cabeçada do Fred, o Pratto no início, e a outra jogada do Fred. Foi pouco em relação ao volume que a gente teve. Faltou escolher melhor a jogada e um pouco mais de capricho técnico na jogada final. Tínhamos o controle da bola em ocasiões de ataque, pela direita, pela esquerda, mas não conseguimos efetivar situações claras para definir o jogo a não ser a do Fred. Foi uma falha, não fomos competentes nisso. Sobre Robinho, a explicação foi simples: um teste feito na manhã desta quinta indicou que o melhor era poupá-lo, já que, se jogasse, corria risco de sofrer uma lesão muscular. - Foi difícil para mim (deixá-lo fora). O Robinho vem jogando muito bem, é criativo, iria poder revezar com o Cazares, até jogar com ele durante o jogo, é uma situação que queremos ver. Não tem lesão. Hoje de manhã, em uma avaliação médica, o médico achou que ele podia ter uma situação e ficar fora dos próximos jogos. Foi uma prevenção para descansá-lo para o próximo jogo. Não que o Sport fosse menos importante. Realmente, pela avaliação médica, poderia gerar uma lesão se jogasse. Confira outros pontos abordados por Marcelo Oliveira na entrevista coletiva: Atuação de Rómulo Otero - Foi bem, estava esperando uma oportunidade de colocá-lo um tempo maior. Era um jogo bom para ele jogar, tínhamos a ideia de trabalhar sempre no campo de ataque. É habilidoso, tem um bom chute. Deve ter cansado no final, a gente precisava de um gás novo. Foi bom, mostrou que pode ser muito útil na sequência. Volta de Cazares e atuação de Júnior Urso, autor do gol - O Cazares é muito criativo, tem bom drible, é um armador, um jogador que a gente necessita muito neste momento. Tem que ter o cuidado devido em função da gravidade da lesão. Conversei com ele, não cansou muito, foi favorável a situação, porque o adversário tinha um a menos (Magrão foi expulso aos 38 do primeiro tempo). Ele acrescenta muito no setor criativo. Sobre o Urso, é interessante que, naquele momento que ele fez o gol, eu estava com a ideia de jogar com apenas um volante, podia tirar o Carioca ou ele para que a gente pudesse aproveitar melhor o fato de estar com vantagem. Aí ele fez o gol. Presença do torcedor (pouco mais de 11 mil atleticanos compareceram ao jogo) - O torcedor do Atlético é muito fiel e presente. O país passa por uma crise danada. Aqueles que vieram nos ajudaram muito. Os 3.500 que podem ir ao Mineirão (no clássico). com certeza. vão nos dar força, e os jogadores vão reconhecer isso. Precisamos muito da parceria com o torcedor. Se a torcida não está comparecendo no número que normalmente comparecia, não é pela produção do time, porque o Atlético está colado na frente e tem tudo pra chegar. É uma situação atípica, mas um reflexo do país. É muito jogo em pouco tempo, e o torcedor escolhe os melhores jogos para participar. Treinos de finalização - Não tem como, no Brasil, você trabalhar finalização. A não ser quando tem uma semana aberta, um tempo maior. Fizemos no tempo que tivemos, agora é impossível. Não treinamos para esse jogo e não vamos treinar para o clássico. Felizmente, o Atlético é um dos times que mais faz gol. Lucas Pratto; Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG) Lucas Pratto caiu de rendimento nas últimas rodadas (Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG) Vale secar os líderes? - Tenho como princípio não preocupar tanto com os adversários, torcer para perder, essas coisas. Não adianta nada, não depende da gente e adianta muito menos se você não fizer o seu papel. A ideia é concentrar sempre nos nossos jogos como finais, jogos decisivos. O fato da gente jogar três jogos seguidos em BH é favorável, e a gente precisa aproveitar isso. No segundo turno temos 100% de aproveitamento em casa. Quando você já sabe o resultado dos outros times, passa a ser um motivador a mais. Não aproveitamos contra o Fluminense, precisamos dessa consciência. Queda de rendimento de Lucas Pratto e atuação de Gabriel - Ele (Pratto) está jogando diferente do que ele jogava. Ele tem certa dificuldade quando volta pra armar, mas tem poder de finalização. O Gabriel foi bem no início, na zaga, e mandou muito bem como lateral também. Se tornou uma opção muito boa para as duas funções. Atuação de Clayton - O Clayton começou o jogo muito bem, puxou o contra-ataque, voltou a fazer coisas que trouxeram ele para o Atlético. Quando troquei, já estava mais cansado. Acho que ele está precisando fazer um, dois gols e desencantar de vez. Ele não veio pra cá por acaso. Teve méritos e fez coisas muito boas. Quem faz uma vez, faz outra. É questão de confiança e de encaixe, e isso pode acontecer a qualquer momento.

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