quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Elogiado por ex-treinador, Léo Silva reencontra Juventude após guinada na carreira: 'Líder nato' Cristiano Martins csmartins@hojeemdia.com.br 28/09/2016 - 06h00 A passagem de Leonardo Silva pelo Juventude foi discreta e durou apenas três meses. Mas aquele ano de 2007 significou um divisor de águas tanto para o jogador quanto para o clube. Nesta quarta-feira (28), às 19h30, eles se reencontram em situações bem diferentes para um duelo decisivo no Mineirão, pelas quartas de final da Copa do Brasil. “Um cara dessa altura, com desenvoltura, velocidade e técnica, a tendência era dar certo no futebol. O fato de ter ‘estourado’ mais cedo ou mais tarde, isso acontece. O importante é que o futebol tenha reconhecido a qualidade dele, porque além disso tudo é um rapaz correto e um líder nato”, elogia Flávio Campos, técnico de Leonardo na época e atual diretor executivo do clube gaúcho. Depois de deixar Caxias do Sul (RS) para ter a primeira experiência internacional no Al-Wahda (Emirados Árabes), já aos 28 anos, Léo tornou-se um dos principais zagueiros do Brasil. Hoje com 37, virou ídolo no Atlético e teve papel de destaque em grandes conquistas do clube mineiro. O Juventude, por outro lado, foi rebaixado naquela temporada e não voltou a disputar a Série A. Essa situação, inclusive, pode beneficiar o Atlético, pois o técnico Antônio Carlos cogita poupar titulares, pensando no primeiro confronto direito com o Fortaleza, pelo acesso à Série B, já na segunda-feira (3). O fato de ter ‘estourado’ mais cedo ou mais tarde, isso acontece. O importante é que o futebol tenha reconhecido a qualidade dele, porque além disso tudo é um rapaz correto e um líder nato" Pior sem ele Apesar de ter sido poupado do último treino, Leonardo está relacionado e pode ser escalado, especialmente porque o outro titular da zaga, Erazo, vem de lesão no joelho direito. A presença do camisa 3 é uma das grandes esperanças da torcida, não apenas no duelo de hoje, mas também para a reta final de 2016 e a luta pelos dois principais títulos nacionais. Mesmo em temporada ruim da defesa atleticana, ele continua sendo o principal nome do setor. Nas sete rodadas em que Léo desfalcou a equipe no Brasileirão, o aproveitamento alvinegro caiu de 65% para 47% dos pontos, e a média de gols sofridos subiu de 1,4 para 1,6. Por outro lado, Leonardo Silva balançou as redes “apenas” duas vezes em partidas oficiais neste ano, ambas no Campeonato Mineiro. Ótima oportunidade para o maior zagueiro-artilheiro da história do Atlético fazer valer a “Lei do ex”. "Comecei a observar o Léo bem jovem, quando ainda era volante, no América-RJ, e fez um gol contra o Flamengo (na verdade, dois). Ele já gostava de ir ao ataque, sempre gostou. Ia para a área e tinha facilidade de achar gols de cabeça, já fazia muito isso naquela ocasião (2007)", lembra Campos. Leia mais: Marcelo Oliveira relaciona força máxima para enfrentar o Juventude pela Copa do Brasil Diretor do Juventude confirma foco na Série C e cogita time misto contra o Atlético no Mineirão Arthur Dallegrave/Juventude Flávio Campos Juventude Campos dirigiu o Juventude em uma partida contra o Galo e, como jogador, atuou outras três vezes Retrospecto Tanto Leonardo Silva quanto Flávio Campos estão entre os personagens do recente histórico de confrontos entre Atlético e Juventude. Apesar da tradição, os dois times se enfrentaram somente 17 vezes, sendo a primeira apenas em 1995. Ao todo, foram dez triunfos alvinegros, quatro empates e três derrotas (todas elas em Caxias do Sul). O atual capitão atleticano estava em campo vestindo o uniforme alviverde no penúltimo duelo, vencido pelo Galo por 2 a 1, em agosto de 2007 (veja os gols e a ficha abaixo). “A gente já identificava essa liderança do Leonardo na época, mesmo sem a braçadeira. Ele foi titular comigo no Brasileiro, e era um dos jogadores de destaque. Sempre foi um líder e se entregava muito, como faz até hoje, apesar de não ter sido um momento bom para o clube”, conta Campos, que havia deixado o comando técnico do time no mês anterior. Capitão do Juventude nos títulos do Campeonato Estadual de 1998 e da Copa do Brasil no ano seguinte, o ídolo, ex-técnico e atual diretor do clube gaúcho também está na história do confronto. Além de ter dirigido o time de Caxias do Sul na derrota por 2 a 0 pelo Brasileirão de 1999, Campos disputou três partidas (dois empates e uma vitória do Galo), e marcou um gol sobre o time mineiro. FICHA TÉCNICA JUVENTUDE 1 X 2 ATLÉTICO JUVENTUDE - Michel Alves; James, Leonardo Silva, Wescley e Zé Rodolfo (Márcio Azevedo); Júlio César, Marabá, Fábio Baiano e Renato; Ivo (William), e Luciano (Éber). Técnico: Cláudio Duarte ATLÉTICO - Edson; Coelho, Marcos, Leandro Almeida e Thiago Feltri; Xaves, Bilu, Marcinho (Vinícius) e Tchô (Lúcio); Danilinho e Paulo Henrique (Vanderlei). Técnico: Emerson Leão GOLS - Danilinho, aos 27, Lúcio, aos 41, e Éber, aos 43 minutos do segundo tempo DATA - 05/08/2007 (Campeonato Brasileiro) LOCAL - Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS) PÚBLICO E RENDA - 6.818 pagantes / R$ 96.450,00 ÁRBITRO - Djalma José Beltrami Teixeira (RJ) CARTÕES VERMELHOS - Júlio César (J) e Leandro Almeida (A)

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