quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Pela primeira vez no século, Copa do Brasil pode ter apenas 'grandes' nas quartas de final Cristiano Martins csmartins@hojeemdia.com.br 21/09/2016 - 06h00 Competição mais democrática do futebol nacional, a Copa do Brasil tem vasto histórico de equipes pequenas e médias chegando às fases finais, disputando as decisões e até conquistando o troféu. Nesta edição, porém, o torneio pode ter apenas representantes dos 12 chamados clubes grandes nas quartas de final, cujos classificados começam a ser conhecidos nesta quarta-feira (21). Isso depende, basicamente, do São Paulo e do Atlético, únicos times grandes com a missão de reverter placares desfavoráveis contra adversários de menor tradição no cenário nacional. Enquanto Palmeiras, Internacional e Cruzeiro deixaram a classificação encaminhada, Santos e Grêmio largaram com vantagens um pouco menores. Vasco e Botafogo, por outro lado, têm tarefas complicadas. Corinthians e Fluminense, por sua vez, fazem um confronto direito aberto após empate no jogo de ida. O Flamengo, por fim, foi o único gigante eliminado nas fases preliminares (veja a tabela abaixo). Histórico Se as “zebras” Juventude, Atlético-PR, Fortaleza, Botafogo-PB e Ponte Preta ficarem mesmo pelo caminho, está será a primeira edição da Copa do Brasil neste século com somente representantes do G-12 nas quartas de final. Em toda a história do torneio, desde 1989, isso só aconteceu uma vez, no ano 2000. Na ocasião, as vagas nas semifinais foram decididas em quatro clássicos nacionais: Flamengo x Santos, Cruzeiro x Botafogo, Palmeiras x São Paulo e Atlético x Fluminense. Tendência Um dos fatores responsáveis pela elitização da Copa do Brasil é a entrada dos classificados para a Libertadores diretamente nas oitavas de final do mata-mata nacional. O sistema passou a valer em 2013, após 12 edições sem os melhores times do país na disputa. Desde então, as quartas de final têm no máximo dois “intrusos”, sendo que, no ano passado, sete clubes grandes disputaram as vagas nas semifinais, tornando a edição de 2015 a menos democrática de toda a história. Outro exemplo disso é que os últimos campeões, Atlético e Palmeiras, faturaram o troféu passando apenas por clássicos nacionais a partir das oitavas de final. Isso só havia acontecido outras duas vezes nas 25 edições do torneio entre 1989 e 2013, com Internacional (1992) e Cruzeiro (1996).

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