quinta-feira, 8 de setembro de 2016

05/09/2016 17h35 - Atualizado em 05/09/2016 21h02 Galo e Dry World: dívidas e atraso com os uniformes atrapalham a relação Empresa canadense passa por problemas financeiros e vem atrasando o fornecimento de uniforme para as equipes profissionais e de base, além das lojas do clube Por Fernando Martins Y Miguel e Gabriel DuarteBelo Horizonte Assim como o Fluminense, o Atlético-MG também vem encontrando barreiras na parceria que tem com a empresa de material esportivo canadense Dry World desde o começo desta temporada. A fornecedora estrangeira, que admite estar passando por uma reestruturação na gestão em âmbito nacional, deve valores ao clube alvinegro e vem, constantemente, atrasando o repasse de material esportivo ao profissional e às divisões de base. Por causa dos problemas, o Atlético-MG teria sido obrigado a usar uniforme branco nas duas últimas partidas em casa: contra o Atlético-PR, pelo Brasileiro, e contra a Ponte Preta, pela Copa do Brasil. Entretanto, a situação é desmentida pelo clube alvinegro, que garante ter usado contra o Furacão o segundo uniforme por causa do calor no dia do jogo e, diante da Macaca, por causa de um pedido da equipe paulista. As categorias de base também convivem com problema no uso do uniforme atual do Galo, pois poucas remessas chegaram ao clube. Em algumas situações, os times das divisões inferiores têm que usar o uniforme da Puma, antiga fornecedora de material esportiva. A promessa é que o problema será resolvido e que o time alvinegro já irá atuar com o uniforme tradicional contra o Vitória, quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), no Independência. Uma nova remessa, segundo a Dry World, já foi enviada, inclusive, nos últimos dias. A empresa canadense explicou que a situação vem ocorrendo por causa de uma reestruturação financeira na Rocamp, empresa paranaense adquirida pela Dry World para realizar a confecção dos uniformes dos clubes brasileiros, e admitiu que houve atraso no repasse da camisa principal. Robinho; Fábio Santos; Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini/CAM) Galo jogou de branco nos últimos jogos em casa, mas situação não tem a ver com atraso no fornecimento de material (Foto: Bruno Cantini/CAM) -Nós estamos tendo algum tipo de atraso, sim, isso na gestão anterior. Como houve mudança de cenário na empresa, na gestão, estamos procurando normalizar. Pelas informações que tenho, a situação já está sendo normalizada. Imediatamente, o clube não pode ser penalizado, e estamos tentando resolver essa situação o mais rápido possível – garantiu Edson Campagnolo, membro do conselho da Dry World na América do Sul e um dos sócios da Rocamp. Oficialmente, o Atlético-MG não confirma que a Dry World está devendo o clube, mas pessoas ligadas ao Galo admitiram à reportagem que há atraso nos valores acordados no contrato com o clube alvinegro e que a distribuição feita até agora, tanto para as equipes de futebol do time alvinegro como para as lojas, tem sido insatisfatória. O sócio da Rocamp explicou o motivo dos atrasos. - Como são dois tipos de camisa, a camisa oficial de jogo é um tipo de matéria-prima, um pouco diferente da de venda, por exemplo. Por problema do desabastecimento da matéria-prima da camisa oficial, de jogo, estávamos atrasando. Não é uma receita de bolo, você tem que ter vários materiais para realizar a confecção dos diversos materiais, então houve alguma dificuldade. Mas isso já está sendo normalizado. Sobre o atraso no repasse dos uniformes às categorias de base, Edson Campagnolo não soube responder o questionamento da reportagem, pois não estava à par da situação. A relação com a Dry World é de desconfiança desde o começo o acordo, mas o Atlético-MG garante estar precavido sobre qualquer situação.

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