sábado, 30 de janeiro de 2016

29/01/2016 07:29 - Atualizado em 29/01/2016 07:29 Favoritismo milionário: disparidade de receitas aumenta a vantagem dos gigantes Cristiano Martins - Hoje em Dia Muito além do título, do troféu e das medalhas entregues pela federação estadual, os 12 clubes participantes do Módulo I do Campeonato Mineiro de 2016 mandam seus times a campo, a partir deste domingo (31), de olho nas fatias de um bolo de R$ 18 milhões, referentes aos direitos de transmissão de TV. A divisão dessa bolada, porém, reforça ainda mais a disparidade entre os gigantes Atlético e Cruzeiro, o América e os clubes do interior. Se em nível nacional os arquirrivais reclamam da diferença de receitas em relação a Flamengo e Corinthians, no regional, também se beneficiam do tratamento “privilegiado”. Enquanto os clubes pequenos recebem, em média, entre R$ 300 mil e R$ 350 mil, o Coelho leva aproximadamente R$ 1,6 milhão em cotas. Galo e Raposa, por sua vez, enchem os cofres com cerca de R$ 6,5 milhões cada um, segundo apurou o Hoje em Dia. Mesmo assim, para os gigantes, o valor representa apenas uma gota no balde de receitas da temporada. No caso do Atlético, o conselho administrativo aprovou para 2016 um orçamento recorde de R$ 253 milhões. O Cruzeiro não informa a previsão, mas não deve ficar muito atrás. O último balanço oficial do clube revela, por exemplo, uma arrecadação superior a R$ 206 milhões ainda em 2014. Enquanto isso, o Coelho trabalha com uma expectativa de R$ 40 milhões para o ano do retorno à Primeira Divisão. Para efeito de comparação, o tradicional Villa Nova e o Tupi, recém-promovido à Série B, correm por fora na disputa do título estadual com previsões máximas de R$ 3 milhões cada um. “Neste primeiro semestre, nós ainda não devemos ver nenhum retorno financeiro em função do acesso. Estamos negociando os patrocínios, mas muitas empresas estão tímidas, devido à crise financeira. E só vamos começar a receber as parcelas da TV a partir de março”, conta a presidente do Carijó de Juiz de Fora, Myrian Fortuna. A instabilidade também preocupa o Leão. “Temos um dinheiro da prefeitura (R$ 2 milhões), mais as cotas. Fora isso, depende do que conseguiremos lucrar com placas e bilheterias, principalmente no jogo contra o Atlético, que levaremos para o Mineirão. Se a prefeitura não cumprir com a parte dela, não tem como o clube andar. E ainda temos 30% das receitas bloqueadas por causa das dívidas”, lamenta o presidente Nélio Aurélio. Só o troféu Apesar da compra dos naming rights do Campeonato Mineiro de 2016 pela rede Apoio Mineiro, por um valor não foi divulgado, a FMF (Federação Mineira de Futebol) novamente não oferecerá premiação em dinheiro aos vencedores. Os campeões do Paulista e do Carioca, por exemplo, vão faturar R$ 4 milhões cada.

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